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Enviada em: 14/08/2018

A imposição de padrões rígidos de certo e errado e busca por verdades absolutas impedem que parte da sociedade conviva com as diferenças. Essa visão etnocêntrica resulta numa pretensa superioridade, capaz aflorar conflitos, entre os quais a exclusão social, ou até mesmo agressões físicas, como no caso da violência de gênero nas universidades brasileiras. Esse fato ocorre devido ao precário sistema educacional do país, como também do posicionamento do Estado diante desse infortúnio.       A princípio, nota-se que o sistema educacional brasileiro é conteudista, mecanizado. Essa forma de ensino, segundo o educador Paulo Freire estimula a competitividade entre os aulos, os quais, no decorrer da sua formação, desenvolvem um sentimento de repúdio ás diferenças. Nesse sentido, práticas de intolerância, que buscam verdades absolutas e a manutenção do poder, torna-se mais comum em universidades em todo globo.   Em segundo plano, o posicionamento do Estado diante dessa problemática também cumpre papel relevante para o aumento desses conflitos em ambientes acadêmicos. Apesar de, na Constituição Federal de 1988, exista a garantia de igualdade para todos. A ausência de mecanismos que antecipem o crime, juntamente com a falta de profissionais especializados, como, por exemplo, psicólogos dificultam o combate às agressões nas faculdades. Dados do instituto Avon apontam que cerca de 40% das universitárias já deixaram de participar de alguma atividade por medo de sofrer abusos de professores, ou de colegas de classe.    Urge, portanto, a necessidades que indivíduos  e instituições públicas cooperam para mitigar a violência nas universidades brasileiras. Nessa perspectiva, o Ministério da Educação deverá desenvolver projetos educacionais no ensino infantil, com estudos de casos em historinhas, desenvolvendo, assim, a conscientização das novas gerações, levando-as a repudiar ações de intolerância no decorrer do seu desenvolvimento social.