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Enviada em: 15/08/2018

Na historiografia e na contemporaneidade, constata-se que desde as primeiras civilizações as mulheres são violentadas e vistas como inferiores pelo sexo masculino. Hodiernamente, é indubitável que essa problemática é uma realidade nas universidades brasileiras, uma vez que, apesar da garantia de igualdade prevista no artigo 5° da Constituição Federal, as práticas machista perturbam. Dessa forma, observa-se que o paradigma reflete um cenário desafiador no país, seja pela omissão estatal, seja pelo legado histórico-cultural enraizado no Brasil.    É primordial ressaltar que a inoperância do Estado frente ao combate dessa desigualdade corrobore para o impasse. Nesse sentido, segundo Aristóteles, a política deve ser implantada de maneira que, por meio da justiça, a harmonia seja alcançada no corpo social. De maneira análoga, é evidente que as nefastas políticas públicas rompam com o equilíbrio e, por seguinte, solidifique o caos no Brasil. Dessa maneira, é notório que apesar das ocorrências de violência e de assédios sexuais serem tão frequentes nos âmbitos acadêmicos, tais atos são minimizados e omitidos pela sociedade machista. Em consequência disso, tem-se o crescimento da insegurança e das ameaças às universitárias praticadas por alunos e professores no intento de violentá-las.    Outrossim, constata-se que o pensamento patriarcal, consolidado na esfera social, também atue como impulsionador do problema. Michael Foucalt, em sua teoria das palavras proibidas, afirma que a sociedade tende a tornar a violência sexual e o repúdio ao sexo feminino como tabu, pelo fato de causar desconforto. Assim, é perceptível que a falta de diálogos dentro e fora das universidades obstrua a resolução da problemática e, por consequência, amplie a mentalidade retrógrada na esfera social. Logo, não há dúvidas que enquanto não houver mobilização popular, isso continuará sendo um imbróglio.    Torna-se evidente, portanto, que ainda há entraves para garantir a igualdade de gênero nas universidades do país. Destarte, é imprescindível que o Governo Federal em harmonia com Ministério da Educação amplie as fiscalizações nos centros acadêmicos, bem como penalize aqueles que vitimizem as mulheres, por meio de leis que garantam, de forma efetiva, a segurança e a isonomia social. Ademais, a mídia, junto às escolas, deve promover campanhas contra o estupro e o assédio, no intuito de desmitificar o pensamento arcaico da sociedade brasileira.