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Enviada em: 20/08/2018

A violência de gênero contra a mulher se caracteriza como - a violência que as mulheres sofrem, simplesmente por ser mulheres - e estando em alguns casos diante de uma "relação de poder". Infelizmente o atual ambiente acadêmico patriarcal brasileiro tem protagonizado horrorizantes e inaceitáveis casos de violência de gênero - em especial contra a mulher - cabendo aqui, analisarmos as relações abusivas e de poder, bem como a ingerência das universidades diante disso.   Criminosos, covardes, assediadores e estupradores é o que define os professores universitários que assediam alunas - sendo o assédio apenas uma das inúmeras formas de violência. Os assédios se dão primeiramente pela crença em uma relação de poder, professor-aluna, manifestando-se por: constantes e incomodas mensagens pelas redes sociais, piadas e comentários infames e machistas com conotação sexual ou de menosprezo de suas capacidades intelectuais, que logo viram toques e abraços ousados, e quando em situação e ambiente "propícios" o crime torna-se ainda mais grave - ocorrendo o estupro da vítima - como ocorrido na Universidade Estadual de Santa Catarina em fevereiro de 2018. No ambiente universitário é comum alunas necessitarem da orientação de professores, e nisso os criminosos aproveitam para estabelecer esse tipo de relação violenta.   E isso ocorre devido o despreparo das universidades em lidarem com esse tipo de situação. A vítima majoritariamente recém ingressa na universidade, quando diante dos primeiros sinais de violência não dispõem de mecanismos de denúncia e amparo (e os assediadores também tem ciência disso) o que facilita a continuidade das deploráveis ações, e dificulta o registro das mesmas.    Torna-se evidente, portanto, diante dessa inadmissível realidade, que - o MEC junto as universidades criem uma legislação universitária específica e detalhada quanto a violência de gênero, e órgãos de amparo e assistência as vítimas, também uma disciplina obrigatória a todos os cursos que discuta e conscientize quanto a violência de gênero, mas ainda movimentos sociais/universitários com as instituições elaborem campanhas e debates de conscientização presenciais e pela internet quanto os mecanismos de denúncias e amparo - para que assim possamos impedir que o sonho de nossos jovens de ingressarem na universidade não se transforme em pesadelo.