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Enviada em: 19/08/2018

Há luz para a equalização   Em uma de suas vertentes, o Iluminismo — movimento revolucionário do século XVIII — previa um futuro ao qual estaria concretizado a autonomia intelectual. Entretanto, face aos índices alarmantes de violência de gênero vigente nas universidades brasileiras atualmente, tornam-se incertas as premissas prevista no século das luzes. Urge, portanto, a necessidade de analisar a problemática em consonância aos agentes sociais envolvidos.   Ademais, é consistente frisar que a supremacia de sexos está intrínseco nas universidades desde a adoção dos primeiros centros universitários, haja vista que fez-se proibido a participação de mulheres no rol. Todavia, atualmente, consta-se previsto na Constituição Brasileira de 1988 a isonomia em diversos âmbitos sociais, incluindo a inserção ao ensino superior. Assim, de forma contrária a democracia, evidencia-se que a violência de gênero tem cunho intolerante e deve ser combatido.      Outrossim, os ataques encontrados podem se manifestar de formas diversas, visto que englobam, na maioria das vezes mulheres e transexuais. Tal opressão, de forma difusa, é manifestada em numerosa escala, uma vez que pode ultrapassar limites verbais e causar atitudes irreversíveis à vítima, como o suicídio. Assim, muitas vezes, cabe a vítima privar-se de suas atividades por medo de injúrias e restringir a liberdade expressão em público.    Convém ressaltar que cabe também ao estado a influência da problemática, já que faz-se dificultoso aprovar leis que visam criminalizar de forma mais eficiente os atos violentos, como a proposta pela senadora Gleisi Hoffmann. Por conseguinte, tais fatos supracitados podem ser explicados pelo pensador francês Benjamin Constant, ao qual afirma o crescente afastamento de agentes da sociedade em causas filantrópicas.   Em síntese, faz-se prevista a adoção de medidas que visam minimizar as agressões de gênero e conscientizar que as universidades são espaços públicos e que não têm divisão de sexos como critério de processo seletivo. Assim, cabe ao Ministério da Educação intensificar os estudos históricos desde os primeiros anos escolares a fim de demonstrar aos cidadãos a importância da equalização de gêneros. Além disso, a gestão universitária deve apurar os casos de violências baseadas em distinção de gêneros sob pena de suspender a bolsa universitária ou participação na instituição. Logo, tais medidas atenuariam as repressões e dariam êxito a perspectiva iluminista.