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Enviada em: 24/08/2018

Na mitologia grega, Sísifo foi condenado por Zeus a rolar eternamente uma grande pedra até o cume de uma montanha, sendo que, quando ele está próximo de cumprir o desafio, vencido pela exaustão a pedra retorna ao ponto de origem. Hodiernamente, esse mito assemelha-se à luta do povo brasileiro contra a violência de gênero nas universidades nacionais. Nesse contexto, essa agressão que pode ser física ou mental, vai contra o código penal brasileiro, e está persistindo principalmente nos trotes universitários. A continuidade dessas transgressões, está ligada principalmente à falta de segurança e ao costume patriarcal.       Primeiramente, segundo Aristóteles no livro "ética a nicômaco", a política serve para garantir a felicidade do povo, entretanto esse conceito encontra-se deturpado na nossa nação, visto que, segundo matéria publicada no site da vix, 42% das estudantes já sentiram medo de sofrer violência no ambiente universitário, devido principalmente à falta de policiamento ou agentes de segurança. Nesse aspecto, a proteção das alunas fica comprometido, gerando medo, quando deveria ser felicidade.       Outrossim, a constituição federal garante igualdade e liberdade para todos, segundo a escritora Chimamanda Ngozi, o problema da questão de gênero é que ela prescreve como devemos ser em vez de reconhecer como somos. A prescrição desse "manual", de como a mulher deve ser, foi feita principalmente com princípios patriarcais, segundo o qual, a mulher deve ser submissa ao homem, e estabelece locais em que a mulher deveria ficar, o ambiente universitário não está entre eles. Desse modo, mulheres nas universidades é um tabu para alguns, que muitas vezes respondem de maneira violenta, contrariando a liberdade e a igualdade, direito de todos os cidadãos.       Portanto, indubitavelmente, medidas são necessárias para resolver esses problemas. Com isso, o governo deve juntamente com o ministério da justiça e o ministério da educação criar uma lei, que obrigue as unidades de ensino superior, a ter um quadro amplo de agentes de segurança, que possam garantir e dar uma sensação de proteção para as estudantes. Para sanar o problema do patriarcalismo na sociedade, segundo Immanuel Kant, o homem é aquilo que a educação faz dele, com isso, o ministério educação deve oferecer palestras que tenham como objetivo, mostrar os direitos e deveres do cidadão, conscientizando a todos principalmente sobre a violência de gênero, que ainda persiste, e com isso, reduzi-la. Desse modo, a sociedade brasileira se distanciar-se-á do mito grego e os Sísifos brasileiros vencerão o desafio de Zeus.