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Enviada em: 01/09/2018

Segundo o Artigo 5º da Constituição de 1988, homens e mulheres são iguais em direitos e em capacidades. Essa premissa, no entanto, não é observada no meio acadêmico brasileiro, na medida em que, nas universidades do país, perdura o preconceito e a violência contra a mulher, em função de uma cultura machista, que oprime as liberdades femininas. Nesse sentido, é de extrema importância a implementação de medidas concretas e abrangentes.       Em primeiro plano, faz-se presente uma premissa da socióloga Margaret Meade, a qual afirma que, diferentemente da visão preconceituosa da comunidade de que a mulher é naturalmente inferior aos homens e, dessa maneira, não tem os mesmos direitos de estudar, esse gênero é considerado frágil por fatores culturais e não biológicos, ou seja, os costumes contribuem para a manutenção da violência de do preconceito nas universidades. Isso influencia na atualidade, haja vista que a mulher tem, evidentemente, capacidade intelectual, como foi comprovado, por exemplo, com Mileva Maric, cônjuge de Einstein, que contribui com as descobertas atribuídas a seu marido, mas é oprimida pelas estruturas sociais, o que torna-se evidente pelo fato de que Mileva não conquistou a mesma fama que Einstein.        Na segunda análise, é notável que as consequências dessa cultura de superioridade masculina resultaram, mesmo com a legalidade constitucional de formação acadêmica feminina, em enorme violência de gênero nas universidades brasileiras, que vitimiza as mulheres com atrocidades físicas, como  estupro, e simbólicas, como xingamentos. Esses atos fazem com que o medo de se impor recaia sobre essas cidadãs e a noção de incapacidade feminina permaneça no país. Nesse contexto, apesar de já existirem medidas que vão de encontro a esse quadro problemático da nação, como, a título de exemplo, o Centro Acolhimento às Vítimas de Violência na Universidade do Ceará, tais ações são pouco abrangentes, visto que a maior parcela das universidades do Brasil não age com práticas semelhantes. Assim, é necessário a diminuição da violência de gênero nas universidades do país.       Urge, portanto, já que o machismo está enraizado na sociedade brasileira, a inquestionável indispensabilidade do Governo Federal, em parceria com os Governos Estaduais, ampliar as medidas de apoio às mulheres que sofrem discriminação nas faculdades e de fiscalização, com possibilidade de cancelamento de matrícula, dos comportamentos violentos dos universitários, por meio da instituição da obrigatoriedade de implementação de tal ação em todas as universidades públicas do Brasil, sob a pena de essas instituições perderem parcelas de seus financiamentos governamentais. A partir dessa ação, o  intuito de tornar as universidades locais que não oprimam o direito feminino de estudar e ser livre se concretizará.