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Enviada em: 30/09/2018

Promulgada pela ONU em 1948, a Declaração Universal dos Direitos Humanos garante a todos os indivíduos o direito à segurança e ao bem-estar social. Contanto, a violência de gênero nas universidades brasileiras impossibilita que essa certa parcela da população desfrute desse direito universal na prática. Em um cenário marcado pela passividade, é preciso que a sociedade se posicione frente à ética nacional, de forma a honrar seus direitos e valores humanos e, assim, evitar o pior.                               A educação é o fator principal no desenvolvimento de um País. Hodiernamente, ocupando a nona posição na economia mundial, seria racional acreditar que o Brasil possui um sistema público de ensino eficiente. Contudo, a realidade é justamente o oposto e o resultado desse contraste é claramente refletido na violência de gênero no ambiente universitário. De acordo com o Instituto Data popular, 67% das alunas já sofreram algum tipo de violência (sexual, psicológica, moral ou física) na faculdade. Diante do exposto, é inadmissível que esses casos ainda sejam tratados com naturalidade. A universidade tem grande culpa nesses casos de violência, pois na maior parte das vezes é omissa, ou pior, tenta abafar o caso para que não tenha o nome manchado nos jornais. Certamente, a educação é uma das chaves transformadoras da sociedade, entretanto, se não podemos nos apoiar nas instituições de ensino, no que tange à busca da sobriedade nas relações, a quem devemos recorrer?                            Outrossim, destaca-se o machismo como impulsionador do problema. De acordo com Durkheim, o fato social é uma maneira coletiva de agir e de pensar, dotada a exterioridade, generalidade e coercitividade. Seguindo essa linha de pensamento, observa-se que, numa sociedade extremamente machista e patriarcal, há de ser pressupor que tentarão a todo custo calar as mulheres, sob o julgo de serem inferiores, e de que tudo é "vitimismo". Indubitavelmente, o machismo está enraizado também nas universidades, o que impede que, até no ambiente escolar, a mulher seja vista de forma igualitária, e não como um objeto para a satisfação de prazeres.                               Infere-se, portanto, que ainda há entraves para garantir a solidificação de políticas que visem à construção de um mundo melhor. Dessa maneira, urge que o Ministério da Educação deve adotar  uma política de tolerância zero contra a violência de gênero no ambiente universitário, e, por meio de reuniões com os reitores e com a Polícia Militar, devem elaborar um sistema de policiamento nos campus para maior segurança dos alunos, bem como atuar fortemente na prevenção dos crimes, melhorando a iluminação da universidade, e realizando campanhas de conscientização a respeito da equidade de gêneros. Dessa forma, o Brasil poderia superar o problema.