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Enviada em: 08/10/2018

A pensadora Nisia Floresta publicou no Brasil o primeiro livro sobre direitos das mulheres, no qual enfatizou que elas são merecedoras de respeito. No entanto, no âmbito universitário é nítida uma violência de gênero, em que condições hierárquicas atreladas à falta de serviços de prevenção, geram condições de assédio contra mulheres. Sendo assim, o governo precisa propor medidas para que esse cenário seja enfrentado e modificado.     Nesse contexto, observa-se que abusos e violação dos direitos humanos são situações corriqueiras na vida de universitárias. Prova disso, foi uma pesquisa realizada pelo Instituto Data Popular e Instituto Avon, em 2015, a qual revelou que 67% das mulheres relataram já ter sofrido algum tipo de violência no ambiente acadêmico. Ademais, observa-se que isso é fruto de uma hierarquização, por meio da qual o interesse de colegas e professores se sobrepõe ao da vítima, e segundo o filósofo Platão, é nessas condições que a injustiça se origina e precisa ser combatida.  Dessa forma, além de ter seus direitos violados, sofrem consequências físicas e psicológicas. Diante disso, a Universidade Estadual do Ceará criou o Núcleo de Acolhimento Humanizado (NAH), para as mulheres vítimas de violência. Com isso, o cenário marcado por uma visão androcêntrica, vai perdendo espaço. Logo, faz-se necessário debater violência de gênero de forma aberta nas universidades, sendo essa uma pauta fundamental para promover a devida mudança de comportamento.    Destarte, mediante o exposto, tornam-se necessárias medidas que venham mitigar a situação. Dessa forma, campanhas e palestras de conscientização acerca dos direitos das mulheres e da importância do respeito, devem ser ministradas em universidades, por meio do Ministério da Educação. Além disso, o Ministério da Justiça, juntamente com a Reitoria das Universidades, deve criar mecanismos de investigação desses crimes por meio de incentivo à denúncias em ouvidorias, e aplicar as devidas punições. Assim, a sociedade brasileira verá a formação de verdadeiros cidadãos.