Enviada em: 02/10/2018

Na mitologia nórdica, Loki foi condenado a ficar eternamente preso em uma caverna com o veneno de uma cobra caindo constantemente em seu rosto. Todos os dias, sua esposa segurava uma bacia na tentativa de amenizer a situação do marido, conquanto era vencida pelo cansaço. Hodiernamente, esse mito asssemelha-se à luta de jovens universitárias que enfrentam assédios constantes dentro do ambiente educacional. Nesse contexto, não há duvidas de que essa dificuldade necessita ser discutida em prol de caminhos que possam combate-la.   Mormente, é relevante observar implicações que se perpetuam ao longe de gerações e uma visão ética dos fatos. Por conseguinte, a temática é fruto de uma herança histórica patriarcal evoluida ao longe de décadas com a objetificação da mulher como um instrumento meramente sexual e a desvalorização de gênero por parte de uma parcela do sexo masculino. Nesse interím, é possível avaliar a resistência do problema na esfera social ao analisar conforme a literatura machadiana aspectos da natureza humana, nesse âmbito o homem é visto como um ser corrompido e corrutpo no qual a quase ausência de princípios. Assim adiciona-se aos fatos supracitados caracteres atemporais e tendentes a permanência.   Idem, de forma análoga as rochas sedimentares cuja formação se consolida lentamente via minutos constuintes de um todo os abusos necessitam ser freados para que não haja um agravo. Outrossim, a não solução da questão pode ocasionar a disseminação do medo não só entre as discentes como também extrapolar o espaço acadêmico. Em suma, é indubitável que intervenções práticas e definitivas necessitam ser tomadas.   Em face do exposto, urge ao Ministério da educação em parceria com o Ministério da justiça, por meio de projetos- pilotos que visem o incentivo a denúncia e a posterior identificação dos acusados, para que sejam punidos nos temos da lei, alencado a propagandas nos meios midiáticos com a disseminação da gravidade do assunto, a fim de desviabilizar caminhos transgressores.