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Enviada em: 03/10/2018

O gênero feminino dentro do ambiente universitário e suas consequências       A segurança no ambiente escolar e universitário, é uma das características que pode ser fatal quando falamos sobre o desenvolvimento do aluno. Porém, ainda assim, a segurança, no universo universitário, é uma das precariedades, sendo posta, grande parte das vezes, em segundo plano por seus regentes, quando deveria ser somente superada pela qualidade de ensino.       Nas universidades do país, algo comum e conhecido é o “trote” para estudantes calouros, ou seja, para os novatos, feito por estudantes veteranos, que já passaram do segundo semestre. O “trote” tem como objetivo a integração dos novos alunos no meio estudantil, no papel é uma socialização com um ótimo objetivo. Porém, nos últimos anos, os alunos responsáveis pelos “trotes” estão se aproveitando da bondade da ação, violando as barreiras que existem entre os corpos, masculinos e femininos, assim como, executando brincadeiras machistas e homofóbicas.       A violência, de graves consequências, recorrente de tal ação são, muitas vezes, ignoradas ou expostas com maus objetivos, causando ainda mais problema para o indivíduo assediado. Uma reportagem feita pelo site “Vix” diz que 42% de alunas já sentiram medo de sofrer violência no ambiente universitário, enquanto 36% já deixaram de fazer alguma atividade, pelo mesmo motivo. Essa pesquisa nos faz refletir sobre a quantidade de oportunidades que tais meninas já perderam, pela falta do sentimento de segurança em um ambiente que deveria ser exemplo de segurança, e tendo majoritariamente o sexo masculino, quando falamos de poder dentro das faculdades.       As consequências das violências, tanto psicológicas, quanto físicas, são maiores do que imaginamos. Meninas que já sofreram violência dentro do campo universitário tem maior probabilidade de serem receosas ao entrarem no ambiente onde foram expostas, podendo afetar seu desenvolvimento estudantil, assim como pode haver a possibilidade da desistência da faculdade dos sonhos, afetando todo seu futuro, por tal ação de assédio.       Portanto, pelo bem e segurança de todos, os “trotes” devem ser supervisionados e denunciados quando preciso, como também a voz da mulher assediada deve ser ouvida e respeitada, a faculdade, assim, devendo participar e punir os indivíduos causadores dos distúrbios. A segurança deve ser uma das prioridades da universidade, sendo ela pública ou particular, os alunos devem se sentir acolhidos e seguros dentro da instituição.