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Enviada em: 02/10/2018

Universitárias Destemidas      Promulgada pela Organização das Nações Unidas (ONU) em 1948, a Declaração Universal dos Direitos Humanos garante a todos os indivíduos o direito à segurança e ao bem-estar social. Conquanto, a violência de gênero nas universidades brasileiras impossibilita que essa parcela da população desfrute desse direito universal na prática. Nessa perspectiva, esse problema deve ser superado de imediato para que um ambiente universitário seguro e igualitário seja alcançado.       É indubitável que, no contexto do século XXI, o machismo é arraigado à cultura brasileira. Por fruto disso, tem-se ainda uma geração de homens jovens que espalham atitudes misóginas por toda a sociedade, e nas universidades não é diferente. De acordo com o portal "Vix", entre as moças, no ambiente universitário, 42% já sentiram medo de sofrer algum tipo de violência e 36% já deixaram de fazer alguma atividade pelo mesmo motivo. Cabe às novas gerações que passarem por esses centros estudantis mudarem esse ambiente injusto, afinal, como disse o ativista político, Matin Luther King, "A injustiça num lugar qualquer é uma ameaça à justiça em qualquer lugar".      Faz-se indispensável, ainda, salientar a falta de informação sobre questões de violência contra a mulher como um problema vigente. Com o debate dessa cultura machista e do estupro, cria-se uma maior propensão da resolução das consequências desse quadro violento nos centros universitários. Essa situação ignóbil está relacionada a inexistência ou incipiência de políticas públicas que visem extinguir esses casos nas faculdades brasileiras e atenuar seus resultados malfazejosos para as mulheres.       Pela observação dos aspectos analisados, faz-se necessário que o Estado, por seu caráter abarcativo, em união à Delegacia da Mulher promova uma campanha, que se chamaria "Universitárias Destemidas". Nela, psicólogos e estudantes universitárias dariam palestras em escolas e universidades, além de participar de programas midiáticos, relatando os efeitos nocivos da violência de gênero nas universidades e, ainda, incentivando para as mulheres a procura de ajuda psicológica e a denuncia nos casos de abuso físico ou emocional, logo, essa ameaça constante à segurança das estudantes brasileiras poderá ser combatida