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Enviada em: 26/10/2018

A Declaração Universal dos Direitos Humanos, de 1948, promulgada pela ONU, garante à todos o direito à saúde, educação, ao bem estar social e à segurança. No entanto, os casos de denúncias contra a violência de gênero, que universidades brasileiras vêm enfrentando nos últimos anos contraria o que se consta no documento. Nessa perspectiva, cabe analisar os fatores que favorecem à esta triste situação e quais são as consequências na vida social desta grande minoria.         Historicamente, o papel da mulher na sociedade nunca foi levado em consideração, basta analisar o número de quantas tiveram reconhecimento em áreas como ciência, engenharia, política ou tecnológica, é quase raro se comprado aos de homens. Porquanto, instituições sem qualquer tipo de política de inclusão ou reconhecimento feminino, registrarão casos de assédio, misoginia, violência sexual ou física contra a mulher. Como no caso da Universidade de São de Paulo, onde alunas denunciaram terem sofrido estupro durante festa promovida pelos próprios estudantes, segundo o jornal da USP, em 2014, e que também, sofreram ameaças de professores por terem se negado manter a uma relação sexual.        Consequentemente, essas estudantes encontram-se sem qualquer apoio ou motivação ou segurança para concluir seus tão almejados cursos e conquistarem seus espaços em meio à uma sociedade ainda machista, visto que as universidades, por serem reconhecidas por formarem excelentes profissionais e indivíduos éticos, varrem ''para debaixo do tapete'' as suas falhas. Paralelo à isso, o número de impunidade só aumenta, diminuindo a presença de mulheres das áreas copiosamente ocupadas por homens.     Diante disso, tendo em vista as alarmantes situações de violência de gênero nas universidades brasileiras, primeiro, o Governo deve tornar a lei contra o assédio sexual mais rígida, aumentando os anos de detenção dos acusados e criar uma lei específica contra a violência de gênero nas escolas, para que desta forma a vítima sinta a certeza de que a justiça será feita, sem ter medo de represália no ambiente escolar; segundo, tanto nas escolas de ensino superior, quanto nas de ensino básico, devem haver matérias que abordem sobre o assunto em torno das diferenças de gênero, a fim de erradicar o desrespeito, preconceito, estigma, e o machismo. Para que dessa forma tanto os homens, como as mulheres possam viver sob os mesmos direitos e deveres que se encontram na Constituição Federativa Brasileira e na Declaração Universal dos Direitos Humanos.