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Enviada em: 10/10/2018

Brás Cubas, o defunto-autor de Machado de Assis, diz em suas "Memórias Postumas" que não teve filhos e não transmitiu a nenhuma criatura o legado da nossa miséria.Ainda hoje, percebe-se no Brasil que diversas mazelas atingem aos cidadãos  brasileiros, entre elas destaca-se a violência de gêneros nas universidades.Nessa perspectiva,seja pela ineficácia da constituição, seja pela lenta mudança do pensamento social, a forma de combater esse problema entra em questão na sociedade.      Em uma primeira análise,cabe salientar que a fragilidade da aplicação das leis para punir os agressores potencializa esta adversidade.Embora,a própria constituição garanta o direito da isonomia,segundo qual todos devem ser tratados da mesma forma,a violência física ou psicológica rompe com essa ideologia.Isso porque, indivíduos se utilizam do medo da denúncia das vítimas, na qual muitas das vezes, são mulheres e homossexuais para externar todo tipo agressão nas instituições de ensino.Com isso, essa minoria refém de uma hierarquia entre alunas e professores tendem a  não ter seus direitos respeitados,como o direito à segurança e à vida,por exemplo.      Outrossim,é necessário ressaltar que o determinismo social é uma das principais causas da problemática.Segundo, o renomado geógrafo Milton dos Santos, uma sociedade alienada, é aquela sabe o que separa,mas não se une.Nesse sentido, o corpo social entende que a violência contra mulheres e toda minoria é uma prática,infelizmente, presente no dia a dia dos universitários desde o início da vida acadêmica , mas nenhuma posição é tomada para reverter a situação.Assim, permitindo que os conceitos de machismo e homofobia, continuem sendo passado de geração a geração.Por conseguinte, o problema tende a permanecer.           Infere-se,portanto, que a ineficiência da aplicação da lei e dos valores impostos pela sociedade, a violência de gênero dentro dos centros universitários entra em questão.Posto isto,cabe ao Ministério da Justiça em criar medidas para que as leis possam ser cumpridas rigorosamente e que além de punir, seja capaz de conscientizar o agressor.Além disso, é preciso que o Ministério da Educação, crie grades curriculares nas universidades para debater o assunto e formar cidadãos e profissionais mais instruídos do tema e dessa maneira, seja possível reverter o atual pensamento da população.Sendo assim, será viável mudar a realidade retratada por Brás Cubas em "Memórias Postumas".