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Enviada em: 11/10/2018

Ao analisar a violência de gênero nas universidades brasileiras, é perceptível a presença deste problema no cotidiano dos universitários. Muitas estudantes são vítimas de diversas formas de agressão, desde a desqualificação intelectual até o assédio e estupro, o que se deve à cultura machista enraizada na sociedade, além do despreparo das instituições para lidar com tais situações.       Primeiramente, sabe-se que, desde as civilizações antigas, há predominância de uma cultura patriarcal em que os meninos são educados para opressão e as meninas para a submissão, admitindo-se à elas um papel de inferioridade. Embora existam movimentos feministas no mundo contemporâneo, esta visão continua presente na sociedade, sendo que o ambiente acadêmico não é uma exceção. Assim, mulheres universitárias são agredidas pelos colegas e professores de forma física, emocional e/ou moral, sendo consideradas intelectualmente inferiores, até mesmo por meio de piadas em sala, o que reforça a ideia do machismo.         Além disso, é frequente a agressão sexual, principalmente durante as festas universitárias, onde alguns homens estrupam mulheres e argumentam o consumo de álcool como justificativa para a situação. Ademais, o assédio muitas vezes é visto como algo normal ou culpa da vítima, o que dificulta a erradicação e combate do problema. Com isso, muitas mulheres que já sofreram algum tipo de agressão dentro da universidade, se sentem desanimadas para realizar a denúncia, devido à falta de engajamento das instituições para resolver o problema, resultando em medo e insegurança por parte da vítima.         Portanto, com base no que foi discutido, torna-se imprescindível que medidas sejam tomadas para resolver este impasse. Para isso, é interessante que os Diretórios Acadêmicos, juntamente com a Reitoria Universitária, se comprometam a tomar providências nos casos de violência de gênero nas universidades, por meio de punições aos agressores, palestras/debates sobre o assunto, melhor fiscalização e devida atenção aos casos que surgirem, para que o ambiente universitário tenha mais igualdade e segurança para todos, e que as vítimas sintam-se encorajadas para realizar a denúncia. Dessa forma, é possível minimizar os efeitos deste problema nas universidades brasileiras.