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Enviada em: 07/10/2018

Educação para desconstruir        No Brasil, há uma forte tradição machista, ideologia em que a mulher é constantemente subjugada pelo homem, seja por meio da violência física ou psicológica, no ambiente doméstico ou de trabalho. Para solucionar esse impasse, é possível considerar as palavras de Hellen Keller, com a máxima "A educação atinge resultados sublimes como a tolerância". Contudo, há uma grande contradição entre esse pensamento e a violência de gênero cada vez mais presente nas universidades brasileiras. Como pode então, o preconceito ganhar espaço onde deveria ser justamente desconstruído?   A PUC-RS (Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul) passou por um período conturbado quando um professor de direito empresarial afirmou que as leis são como mulheres, feitas para serem violadas. Tendo em vista esse episódio, é evidente a manutenção do machismo, alimentado, infelizmente, até pelos líderes das instituições de ensino. Mais tarde, os cidadãos educados por esses instrutores  carregarão o legado da intolerância, perpetuando-a na sociedade.       Além disso, é importante frisar a história que relaciona ensino superior e a luta pela igualdade de gênero. A primeira graduada brasileira formou-se em 1879, sendo que no Brasil, havia universidades desde 1808, consequência da chegada da Família Real Portuguesa. Desse modo, é evidente a incansável luta da mulher por espaço nas faculdades e, portanto, intimidar o sexo feminino no âmbito acadêmico desrespeita uma série de conquistas do gênero, podendo, até mesmo, desencorajar a participação das mulheres nas atividades e eventos das universidades.       A superação do machismo deve ser encarada como objetivo de toda a nação e um grande passo é combatê-lo dentro das instituições de ensino. Para isso, os coordenadores, junto ao reitor das universidades, devem estar abertos a denúncias de violência de gênero ocorridos no estabelecimento. Ademais, faz necessário a união do corpo docente aos alunos, a fim de promover eventos com palestras e atividades que ressaltem a importância da igualdade de gênero. Reconhecendo o valor da mulher na sociedade brasileira, o machismo na universidade será desconstruído e a violência contra o outro sexo perderá sua força.