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Enviada em: 07/10/2018

Segundo Zygmunt Baumant, a falta de solidez nas relações sociais, políticas e econômicas é característica da “modernidade líquida”, vivenciada durante o século XX. Analisando o pensamento do sociólogo polonês, essa realidade imediata perpetua-se com o aumento dos índices de violência de gênero nas universidades brasileiras, e em detrimento há vários fatores socioculturais que contribui para a permanência dessa prática.        É incontestável que os aspectos governamentais estejam entre as principais causas de inferiorização da mulher na sociedade. De acordo com o artigo 3 da Constituição brasileira , explana o dever estatal de construir uma sociedade livre, justa e solidária, garantindo o desenvolvimento nacional. No entanto, seguindo os últimos dados relacionados a violência exercida nas universidades, a ação legal encontra-se distante da efetivação, haja vista que a mínima expressividade desse Estado, em vigor, no que refere-se a ao contexto cultural com relação a premissa de que o sexo feminino era útil apenas para procriação. Segundo uma pesquisa realizada pelo instituto Avon, mostra que 2,9 milhões de estudantes brasileiras já sofreram algum tipo de violência dentro do âmbito de ensino.     Não obstante a essa circunstância, a luta de figuras femininas por espaço no meio acadêmico torna-se expressiva. Segundo Michel de Montaigne, a mais honrosa das ocupações é servir ao público e ser útil as pessoas. No entanto, de maneira análoga ao pensamento do filósofo a atuação produtiva encontra-se distante do país, uma vez que os jovens ainda encontra grande resistência marcada pela hierárquica ainda estabelecida devido a raízes culturais  com relação a superioridade dos homens. Tendo em vista que, a frequente associação da mulher ao serviço doméstico elencada à sua objetificação no ambiente universitário ilustram categoricamente a falha da sociedade em enfrentar e combater a violência de gênero.       Dessarte, mediante o exposto, torna-se indubitável a urgência de medidas que venham mitigar tal situação. Para tanto, é interessante que os diretórios acadêmicos – responsáveis pela intermediação entre alunos e órgãos de representação geral – em parceria às reitorias das universidades, trabalhem no enrijecimento das normas que regem o tema violência de gênero. Desse modo, por meio do aumento da fiscalização e da punição daqueles que cometem práticas do tipo, é possível garantir academicista saudável para todas as mulheres. Desta forma, constituindo uma sociedade mais fiel aos princípios da Constituição.