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Enviada em: 22/10/2018

Segundo o pensamento de Claude Lévi-Strauss, a interpretação adequada do coletivo, ocorre por meio de forças que estruturam a sociedade, com eventos históricos e relações sociais. Esse panorama auxilia na análise da violência de gênero nas universidades brasileiras, visto que a sociedade, historicamente, marginaliza as minorias, o que promove falta de apoio da população e do estado para com as mulheres, em sua grande maioria, dificultando sua participação plena no corpo social -o que evidencia uma crise social.       Em primeiro plano, evidencia-se que a coletividade brasileira é estruturada por um modelo excludente imposto pelos grupos dominantes, no qual o indivíduo que não atende aos requisitos, branco e abastado, sofre uma periferização social. Assim, ao analisar a sociedade pela visão de Lévi-Strauss, nota-se que tais mulheres não são valorizadas de forma plena, pois as suas necessidades de inclusão social são tidas como uma obrigação pessoal, sendo que esses deveres, na realidade, são coletivos e estatais. A violência psicológica no cenário acadêmico possui consequências mais graves, visto que a mulher é impedida de exercer a liberdade em relação ao agressor. Uma pesquisa feita pelo Instituto Avon ao Data Popular coletou dados de 1.823 universitários e revelou que 67% das alunas sofreram algum tipo de violência na faculdade.        Outro ponto relevante, nessa temática, é o conceito de modernidade liquida de Zygmunt Bauman, que explica a queda da atitudes éticas pela fluidez dos valores, a fim de atender aos interesses pessoais, aumentando o individualismo. Desse modo, o sujeito, ao estar imerso nesse panorama líquido, acaba por perpetuar a exclusão e a dificuldade das mulheres terem seus direitos respeitados, por causa da redução do olhar sobre o bem-estar dos menos favorecidos. Em vista disso, os desafios para igualdade dos gêneros na universidades estão presente da estruturação desigual e opressora da coletividade, bem como em seu viés individualista, diminuindo as oportunidades sociais e direito de proteção dessa minoria.         É evidente, portanto, que ainda há entraves para garantir a solidificação de politicas que visem a construção de um mundo melhor. Destarte, o governo deve implantar uma fiscalização mais rígida nessas universidades, para que mulheres possam ter o direito de estudarem, tranquilas e sem medo. Logo o Ministério de Educação (MEC) deve instituir,nas escolas, palestras ministradas por psicólogos, que discutam o combate a violência de gênero acadêmica, a fim de construir o progresso sem desconsiderar a ordem. Já dizia o politico e ativista social Nelson Mandela, “A educação é a maior arma que se pode usar para mudar o mundo”.