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Enviada em: 16/10/2018

Não se pode refutar a grande quantidade de casos ligados a violência de gênero nas universidades brasileiras. Acontecimentos esses que tem como causas fatores antigos que continuam enraizados na sociedade, como o machismo e o medo das vítimas em denunciar os casos ocorridos. Desse modo, conforme a primeira lei de Newton, a da inércia, uma força deve agir sobre esses fatores para que esse estado de enraizamento seja alterado.    Em primeira instância, um dos principais causadores  das violências de gênero nas universidades brasileiras é o machismo repassado de geração em geração, que mesmo em ambientes universitários, locais nos quais deveriam existir mais esclarecimento e tolerância, está presente. Fato esse que é reafirmado por meio de uma pesquisa realizada pelos alunos de Relações Internacionais da Universidade de São Paulo, o qual relata que 75% das alunas do curso já sofreram constrangimentos por conta do machismo. Com isso, necessita-se de uma mudança de ideologia de gênero na sociedade brasileira.   Ademais, outra causa que corrobora é o medo das vítimas em denunciar os casos que já aconteceram, situação essa favorecedora para que os agressores não sejam punidos e continue com essa prática. Porém, esse fator está interligado ao machismo, no âmbito do receio das vitimas de serem julgadas pela sociedade ou até mesmo de futuramente serem perseguidas pelos agressores. Fato esse que fere a Declaração Universal dos Direitos Humanos, que é aceita e reconhecida pelo Brasil na atual Constituição de 1988, a qual relata a liberdade de viver sem medo.   Por tudo isso, percebe-se como principal promotor da violência de gênero a ideologia da superioridade masculina enraizada na sociedade brasileira. Desse modo, para tirá-la do seu estado de inércia medidas eficazes são necessárias, como a  desconstrução da ideologia de gêneros nas escolas por meio do Ministério da Educação, o qual incentive os professores e coordenadores das mesmas a promoverem atividades educacionais desde o ensino fundamental as quais não haja separação entre homens e mulheres. Além disso, a criação de campanhas, pelas universidades, para o incentivo à denuncia de violências de gênero,  que por intermédio de passeatas, peças teatrais e faixas espalhadas pelo campus encorajem as vítimas a procurarem ajuda.