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Enviada em: 20/10/2018

De acordo com Darcy Ribeiro, a sociedade brasileira é enferma de desigualdade e descaso, devido a perversidade intrínseca à sua herança. Analisando o pensamento do antropólogo, verifica-se que essa realidade se faz onipresente no Brasil e perpetua-se com a violência de gênero enfrentada nas universidades. Nessa perspectiva, cabe analisar dois pontos que não podem ser negligenciados, como os obstáculos enfrentados pela conjuntura governamental para garantir a igualdade de gênero no país e os caminhos percorridos pela sociedade para enfrentar esse problema.        Em primeira análise, é válido ressaltar como a política é um ponto nevrálgico para se assegurar os direitos humanos de uma sociedade. Segundo o filósofo grego Aristóteles, a política desempenha um papel fundamental para alcançar a justiça, permitindo que o equilíbrio da sociedade seja atingido. Entretanto, percebe-se que as políticas públicas desenvolvidas pelo país, como o dever de respeitar a liberdade individual de todos os cidadãos, é constada em teoria, mas  não são colocadas em prática, já que é pertinente nas universidades os casos de discriminação, abuso sexual, violação dos diretos humanos e de preconceito. Como prova disso, a Organização das Nações Unidas ( ONU), afirma que o Brasil é considerado um dos países mais violentos do mundo.        Ademais, convém frisar que as alternativas seguidas pelo Brasil para se chegar à equidade de gênero existem, mas não são suficientes. Como defendia Sigmund Freud o medo de mudar é inerente ao homem, logo se torna algo cruel e sistêmico, mas a vontade viver bem se sobrepõe e se torna a maior motivação para se modificar a realidade. Diante disso, percebe-se que os caminhos tomados pelo Brasil até agora, tem sido coerentes com o desejo de reduzir a distinção de entre homens e mulheres na sociedade. Comprova-se isso, com a conquista do espaço no mercado de trabalho pelas mulheres ou sua inserção em universidades, além de poder ter participação em espaços, antes não concebíveis, como na política. Contudo, há deturpação desses direitos, devido a prática pertinente de atitudes violentas, mas como o próprio pensamento freudiano define, a modificação da realidade é possível.       É evidente, portanto que os casos de violência de gênero são uma realidade do país. Dessa forma, é necessário que o Ministério Público recorra a legislação, definindo essa prática violenta como crime, para extinguir a discriminação ou os atos que ferem os direitos humanos do indivíduo, pelo uso da violência. Adicionalmente, o Ministério da Educação (MEC), junto ao apoio das universidades brasileiras podem instituir palestras com acompanhamento de professores, afim de libertar a sociedade de certos preconceitos e distinções que lhes prendem as sombras da caverna, como defende a alegoria de Platão.