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Enviada em: 19/10/2018

É inegável que no Brasil hodierno, a violência de gênero está presente na maioria dos campus universitários e ,tristemente, seu principal alvo é as mulheres. A causa dessa fato se da pelas ações falhas do Estado em controlar esse seríssimo problema social e ,a consequência disso, é o controle desenfreado de atitudes que pregam o machismo, a cultural do estupro e a violência contra a mulher em ambientes de graduação em pleno século XXI.  Em primeiro lugar, vale salientar que de acordo com pesquisas realizadas por alunos, estudantes de uma das maiores e melhores universidade brasileiras, a USP,  mais de 60% das mulheres já sofrerem algum tipo de violência (física, psicológica, moral ou sexual) em algum momento da graduação na faculdade. Festas universitárias, trotes e até mesmo o próprio ambiente acadêmico, tornaram-se palcos de ações que incentivam a cultura do estupro, a violência contra a mulher e o machismo através de atitudes antiéticas e imorais dos estudantes. Além disso, assédios realizados pelos próprios professores também são muito decorrentes, pois os mesmos “subornam” alunos e alunas, fornecendo notas em troca de futuros “favores”. O resultado disso, é um ambiente inserido em uma grande “bolha” social onde a mulher é objetificada pelos próprios alunos e professores que , através das atitudes já citadas, contribuem com o incentivo do machismo na sociedade e no devido ambiente acadêmico.  Outrossim, a violência de gênero não está presente somente em universidades que se encontram na periferia ou entre pessoas que pertencem a uma baixa classe econômica, e sim, em todo território nacional. Além disso, um dos maiores problemas está na denúncia das vítimas que muitas vezes não são realizadas por sentirem-se inseguras, e quando realizadas, muitas vezes são ignoradas pelas secretarias administrativas das universidades que, ou dão respostas de que as causas apresentadas não se tratam de violência de gênero, ou temem que o nome da universidade seja “manchado” por atitudes imorais de alunos e professores, resultando, também, em um incentivo a continuidade da prática desenfreada do machismo.  Diante dos fatos supracitados, faz se necessário que o Estado, como gestor dos interesses coletivos, crie leis mais severas que punam cidadãos infratores que realizarem algum tipo de violência de gênero, sendo ela física, psicológica, sexual ou moral, com o fim de atenuar esse tipo de infração , não só em ambientes acadêmicos, mas em todo o território nacional. Além disso, é preciso que Universidades privadas e públicas insiram em sua grade curricular matérias de cunho social, que abordem temas como a violência de gênero e o machismo e, também, adotem medidas preventivas e punitivas, com o fim de atenuar esse problema social e garantir a segurança de todos os graduandos.