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Enviada em: 24/10/2018

Lugar de mulher é onde ela se sentir segura               Por trás das grandes e pequenas instituições de ensino superior, quem visam a especialização e formação profissional do cidadão, há índices alarmantes de casos de violência física, verbal e psicológica contra as alunas, sendo que , de acordo com o Instituto Avon, mais da metade das universitárias já sofreram algum tipo de assédio dentro do campus . Além disso, esses eventos não são só camuflados pela mídia, como também pelas coordenações das universidades envolvidas. Dessa forma, é importante a discussão sobre o que esse problema implica no século XXI e suas possíveis soluções.             Primeiramente, infelizmente, a negligência pelas diretorias em relatos de violência de gênero dentro das instituições é regular, pois, geralmente, ou esses são abafados, ou não são tomadas as medidas necessárias, tendo em vista que a maioria dos agressores recebem apenas suspensão ou uma advertência.           Sob essa perspectiva, esse descaso com as vítimas torna-se nítido e resulta na permanência da insegurança das vítimas no ambiente universitário, além da falta de apoio afetar o desempenho de aprendizagem dessas e desencadear a desmotivação das estudantes a concluírem o ensino superior. Outrossim, as alunas, diante desse panorama, não recebem apoio da universidade para a denúncia desses eventos, e, muito menos, recebem orientação para o que deve ser feito, reflexos da ausência de campanhas e medidas de prevenção pela instituição. É importante ressaltar que a falta de apoio e de ouvidoria também podem afetar o desempenho de aprendizagem dessas e desencadear a desmotivação das estudantes a concluírem o ensino superior, como também pode ser um fator para o aumento do número de suicídios e de jovens com depressão ou outros transtornos pós-traumáticos.        Em síntese, é fundamental a criação e divulgação de campanhas virtuais ou televisivas, pela Secretaria Especial de Políticas para as Mulheres ou por grandes emissoras, com o objetivo de orientar as vítimas em como e onde denunciar a agressão, além de informá-las dos recursos que elas possuem acesso, como a disponibilidade de assistência jurídica da Defensoria Pública e o acesso a abrigos e outros centros de acolhimento, como por exemplo. Ademais, cabe às universidades públicas e privadas elaborar programas que auxiliem as universitárias que sofreram violência de gênero, proporcionando a elas acesso a ouvidorias e acompanhamento psicológico dentro das instituições. Dessa forma, é possível aniquilar esse problema em locais que as mulheres ganharam espaço recentemente, para, possivelmente, desenraizar a cultura sexista da sociedade brasileira.