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Enviada em: 31/10/2018

Violência de gênero e sua perpetuação nas universidades brasileiras    A violência de gênero nas universidades brasileiras são habituais e cotidianas, onde explicitam um reflexo da sociedade como um todo, sociedade esta em que a cultura patriarcal é prevalecente. Para combater esse problema é necessário, antes de tudo, debatê-lo, torná-lo evidente; a fim de não ser atribulado como um processo comum e natural.   No entanto, identificar esse tipo de violência é fundamental, bem como denunciá-lo. Isto é, as agressões podem vir em forma de assédio, ou desqualificação intelectual, na qual 42% das alunas da Universidade Estadual de São Paulo (USP), segundo o site da Uol, já sofreram; à violência sexual, onde, de acordo com a reportagem da revista Galileu, 28% das mulheres entrevistadas já foram vítimas. Contudo, há muitos outros casos que não são relatados, visto que as universidades, em geral, possuem um mecanismo de abafamento em uma tentativa inescrupulosa de preservar suas imagens.    Dessa forma, a discriminação e a violência de gênero ocorrem porque predomina uma ordem social que estabelece o sexo como marca para atribuir relações específicas. Ou seja, o patriarcado se sustenta como modelo social sobre relações de poder entre homens e mulheres que são reiteradas pelas escolas, igrejas, mídias e valores morais familiares; como exemplifica a escritora nigeriana Chimamanda Ngozi Adichie: "O problema da questão de gênero é que ela prescreve como devemos ser em vez de reconhecer como somos.”   Logo, para uma transformação social e erradicação da violência de gênero nas universidades brasileiras, não só a incorporação de políticas públicas que visam a mudar a percepção de desigualdade entre homens e mulheres a partir de debates, palestras e grupos de apoio aos programas educacionais é uma estratégia central que pode ser realizada pelos responsáveis por essas instituições, a fim de evitar, a longo prazo, que novas ocorrências aflorem; mas também a apuração veemente sobre os casos denunciados trabalhados em conjunto pelos órgãos universitários encarregados e a polícia, com a punição correta e eficaz dos indivíduos acusados, como a expulsão da vida acadêmica na universidade em questão e o aprisionamento de acordo com a lei.