Enviada em: 06/03/2019

Na série da Netflix ''13 reasons why'' há discussões sobre diversos temas, entre eles: a violência de gênero. Na série, as adolescentes sofrem tanto violência sexual quanto física e psicológica, tal problemática vai além do mundo da ficcção se faz presente na realidade feminina. Analogamente, no Brasil, é possível observar que a violência de gênero está, também,  presente nas universidades. Para compreender a violência de gênero é necessário discutir sobre as raízes culturais.                                        Em virtude do patriarcalismo existente desde a Antiguidade, a inferiorização da mulher ainda é algo presente na sociedade hodierna. No setor acadêmico, as agressões físicas, piadas ofensivas, e desqualificação intelectual são consequências de tal ato. De acordo com pesquisas da Instituição Avon jutamente com o Data Popular, 42% de alunas da universidades brasileiras já sofreram violência de gênero. Infelizmente as estatíticas mostram que muitas vezes, a faculdade pode se transformar em um espaço de medo.                                                                                                                                              Outrossim, a falta de políticas universitárias e a omissão de casos provocam o aumento dos casos de violência de genêro nas universidades. A falta de tratamento da violência como política universitária faz com que os casos fiquem muitas vezes sem solução e as vítimas sem segurança e busquem a solução de sua situação sozinha. Uma aluna que já sofreu com a violência nos campos universitários da Universidade Federal de São Paulo afirma que: ''Se depender do descaso da universidade com a segurança das mulheres no campus, o numero de casos tende apenas a aumentar gerando novas vitimas, novos constrangimentos, novos medos''.                                                                                            Destarte, é evidente que medidas são necessárias para a solução de tal problemática, como: a criação de ouvidorias pelas universidades, com o intuito de fiscalizar, apoiar e ajudar as vítimas, por meio de acompanhamento psicológico e seguranças nos campos. É de competência do Governo Federal e das escolas por meio de campanhas educativas a demonização dos estereótipos conseguintes do patriarcalismo, para que desde cedo haja a desestruturação do sistema patriarcal e que no futuro casos como a violência de gênero seja algo nulo.