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Enviada em: 20/03/2019

Desde o período da Idade Média, entre os séculos X e XIII, com o surgimento das primeiras universidades , as mulheres já ocupavam uma posição social inferior na sociedade vigente,uma vez que a população feminina era proibida até mesmo de entrar nesses centros educacionais, sendo tratadas violentamente, caso ousarem entrar.Tal fato histórico revela,de maneira similar à atualidade, as discrepâncias entre os gêneros no tocante ao acesso do ensino superior e a violência permeada nesses locais.Essa circunstância nefasta, ainda que tenha obtido avanços nos últimos anos,necessita de uma atuação efetiva entre poder público e instituições formadoras de opinião diante de tal infortúnio.       Sob esse viés, embora haja prerrogativas jurídicas previstas na Constituição de 1988 acerca da garantia federal tanto de igualdade de direitos entre os gêneros em todos os aspectos sociopolíticos quanto de combate à violência contra a mulher,a exemplo do Artigo 3 e da Lei Maria da Penha, respectivamente,a atuação governamental ainda é deturpada diante dessa problemática.Tal displicência política é evidenciada pela carência de fiscalização efetiva nas universidades diante dos projetos de lei vigorados e pela escassez de órgãos nas próprias faculdades capazes de garantir a segurança da mulher no campus,uma vez que o temor existente entre o público feminino ocasiona no  abandono das aulas por estas,prejudicando a futura entrada no mercado de trabalho de tais indivíduos.Nessa perspectiva,a violência nas universidades que se revela,na maioria das vezes,por castigos físicos,por insultos,epor hostilidades sexuais,como o estupro, é resultado também de uma escassa mobilização popular acerca das calamitosas dificuldades enfrentada pela mulher no cotidiano hodierno.        Acresça-se,ainda que,de acordo com Mary Wollstonecraft,filósofa do século XVII,as desiguais oportunidades de estudo e de trabalho as quais as mulheres  vivenciavam em relação aos homens revelam,de forma similar à atualidade,a imagem de incapacidade e vulnerabilidade obtida pelas mulheres.Tal fato corroborou para a difusão de um paradigma cultural de  superioridade que o homem ainda detém no corpo social,acreditando que ,dessa forma,tem o direito de castigar ou punir a mulher.Portanto,é notório que famílias e escolas vigentes descumprem o princípio basilar de fomentar nas gerações futuras uma formação psicossocial baseada na igualdade entre os gêneros.       Logo , a fim de mitigar a violência entre os gêneros nas universidades,compete ao governo, em parceria com o Ministério da Educação , enrijecer os meios de fiscalização no combate às hostilidades cometidas contra a mulher, mediante a criação de campanhas nas redes sociais , como instagram e facebook,capazes de tornar o ambiente universitário mais seguro. Urge,ainda que,escolas e famílias debatam,mediante diálogos educativos,acerca de um engajamento cidadão no combate a tal infortúnio.        Logo