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Enviada em: 10/05/2019

A violência de gênero está, há séculos, presente em todas as instituições sociais brasileiras, inclusive nas universidades. No Brasil, desde o final do século XIX, quando a primeira mulher ingressou na vida acadêmica, até hoje, existe uma luta constante das mulheres em busca de reconhecimento e respeito nesse espaço. Nesse contexto, torna-se necessário enfrentar e retificar esse problema.   A princípio, é importante ressaltar que a universidade é apenas  uma das instituições que precisam enfrentar a violência de gênero. Isso porque ela faz parte de uma sociedade estruturada no patriarcalismo. Esse conceito, por séculos, legitimou ações como a negação da inteligência delas,  além de assédios, estupros e até assassinatos. Com isso, apesar de, segundo o IBGE, elas serem maioria nesses espaços de busca de conhecimento atualmente, ainda há a questão histórica a ser combatida para acabar com esse tipo de violação dos direitos humanos.     O segundo aspecto a ser ressaltado diz respeito à dificuldade que as mulheres tem de denunciar. Segundo uma pesquisa realizada pelo Instituto Avon em parceria com a Data Popular, quase 3 milhões de estudantes brasileiras já sofreram alguma violência de gênero na universidade. Porém, desse número, 63% das entrevistadas admitiu não ter reagido, nem denunciado. Entre os motivos para tal, está o fato de os aplicadores da lei reproduzirem os esteriótipos de gênero e interpretarem de forma machista os depoimentos. Isso porque essas pessoas também foram influenciadas pela estrutura patriarcal vigente na sociedade brasileira .     Portanto, em virtude do que foi mencionado, observa-se a necessidade de uma intervenção a longo prazo, capaz de cortar as raízes da violência de gênero. Isso, só a educação consegue fazer. Dessa forma, o Ministério da Educação deve introduzir nas escolas públicas e privadas, nos níveis médio e fundamental, a disciplina Igualdade de Gênero. Assim, os alunos entenderão as raízes desse tipo de violação e aprenderão a não reproduzi-la. Dessa forma, as mulheres serão respeitadas nas universidades.