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Enviada em: 16/04/2019

Promulgada pela ONU em 1948, a Declaração Universal dos Direitos Humanos garante a todos os indivíduos o direito à saúde, educação e segurança. Conquanto, a incidência de violência contra mulheres impossibilita que essa parcela da população desfrute desse direito universal na prática. Nesse sentido, é necessário que subterfúgios sejam encontrados a fim de resolver essa inercial problemática.        A educação é o principal fator no desenvolvimento do país. Hodiernamente, ocupando a nona posição na economia mundial, seria racional acreditar que o Brasil possui um sistema público de ensino eficiente. Contudo, a realidade é justamente o oposto e o resultado desse contraste é claramente refletido na violência de gênero. Segundo o IBGE, cerca de 25% das universitárias já sofreram algum tipo de preconceito de gênero, resultando em danos físicos e psicológicos que, na maioria das vezes, são irreversíveis.. Diante do exposto, é inadmissível que a sociedade aceite a inobservância estatal no tocante aos dados alarmantes apresentados.        Faz-se mister, ainda, salientar a sociedade machista como impulsionadora do problema. De acordo com o sociólogo polonês Zigmunt Bauman, a falta de solidez nas relações sociais, políticas e econômicas é a característica da "modernidade líquida" vivida no século XXI. Diante de tal contexto, torna-se prejudicial e incoerente a sociedade brasileira, cuja miscigenação é vasta, ter preconceitos tão enraizados nos âmbitos sociais e culturais, negligenciando a incessante luta da figura feminina por espaços no meio acadêmico.        Infere-se, portanto, que ainda há entraves para garantir a solidificação de políticas que visem a construção de um mundo melhor. Desse modo, urge que o Ministério da Educação(MEC) crie, por meio de verbas governamentais, campanhas publicitárias nas redes sociais que detalhem o importante papel feminino na sociedade moderna e advirtam os internautas sobre os danos sociais causados por um desrespeito à mulher, sugerindo ao interlocutor criar o hábito de enquadrar-se à esfera social uniforme, na qual os patamares hierárquicos são constantes. Somente assim, seria possível combater as raízes da problemática e, por conseguinte, alcançar um país integrado.