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Enviada em: 02/05/2019

Na série estadunidense "Thirteen Reasons Why" a protagonista, Hanna, é abusada sexualmente em uma festa estudantil. Ao notificar a escola do ocorrido, é desestimulada a denunciar, visto que a escola não queria se vincular ao crime. Fora da ficção, a violência de gênero é (ainda e infelizmente) latente em diversas universidades brasileiras, haja vista que a segurança nos câmpus é extremamente ínfima e as relações de hierarquia e patriarcado ainda vigentes e extremistas.       Em primeiro plano, destaca-se que a pouca segurança e iluminação nos câmpus, acaba facilitando casos de violência. Principalmente durante a noite, inúmeros estudantes relatam insegurança e medo nos momentos de entrada e saída da faculdade. Como aconteceu com uma aluna do quarto ano de Geografia da USP que, em 2014, relatou não conseguir mais ir sozinha para a faculdade após uma tentativa de estupro, além de trancar todas as matérias noturnas para não precisar ir a noite na faculdade.       Outrossim, é essencial ressaltar que inúmeros casos não são relatados por medo das relações de hierarquia e patriarcado existes no ambiente estudantil. Como podemos observar no caso do professor de história, da Universidade Estadual de Santa Catarina, que está sendo acusado pelo estupro de 10 alunas. Após a denúncia de uma delas, as alunas começaram a conversar entre si, descobrindo outros casos. Evidenciando o medo de denunciar aliado a falta de um ambiente para a realizar com segurança.       Urge, portanto, o aumento da segurança nos câmpus e a criação de um meio seguro para denúncias. Cabe, ao Ministério da Educação, a destinação de verba para a criação de uma guarda universitária, além do aumento de iluminação por todo o câmpus, a fim de tornar o ambiente noturno mais seguro. À própria universidade, por sua vez, cabe criar um disk denúncia e proporcionar atendentes qualificados para proporcionar apoio piscológico às vítimas, para que as denúncias aumentem e os agressores possam ser encontrados e devidamente punidos.