Materiais:
Enviada em: 09/03/2017

Segundo Zygmunt Bauman, sociólogo polonês, a falta de solidez nas relações sociais, políticas e econômicas é característica da “modernidade líquida” vivida no século XX. A violência infantil, sobretudo, é mais delicado ainda por vitimizar àqueles que não podem e não conseguem se proteger.  Com isso, surge a problemática da violência infantil dessa lógica excludente que persiste intrinsecamente ligada à realidade do país, seja pela insuficiência de leis, seja pela lenta mudança de mentalidade social.   É indiscutível que a questão constitucional e sua aplicação estejam entre as causas do problema. De acordo com Aristóteles, a política deve ser utilizada de modo que, por meio da justiça, o equilíbrio seja alcançado na sociedade.De maneira análoga, é possível perceber que, a agressão em crianças e adolescentes rompe com essa harmonia, haja vista que embora a Lei nº 8069 é dito que a criança tem direito de ser educada sem o uso de castigo físico ou de tratamento cruel, como formas de disciplina há brechas que permitem a ocorrência dos crimes como muitas vítimas que deixam de efetivar a denúncia por serem intimidadas. Desse modo, evidencia-se a importância do reforço da prática da regulamentação como forma de combate à problemática.    A violência infantil pode ocorrer de diferentes formas, seja ela física, mental e sexual. Seja ela qual for, a violência traumatiza, fere o corpo e a mente, e desencadeia problemas sérios como a dificuldade de se relacionar com outras pessoas, comportamento agressivo ou até mesmo em crimes e uma completa distorção dos valores humanos.  Seguindo essa linha de pensamento, observa-se que, se uma criança vive em uma família com esse comportamento, tende a adotá-lo também por conta da vivência em grupo. Assim, o fortalecimento do pensamento da exclusão infantil, transmitido de geração a geração, funciona como forte base dessa forma de agressão.   O combate à agressividade citada inicialmente, a fim de conter o avanço da violência, deve tornar-se efetivo, uma vez que é fruto da ainda fraca eficácia das leis e pela lenda mudança de mentalidade social. A fim de atenuar o problema, o Governo Federal deve elaborar um plano de implementação de novas delegacias especializadas nessa forma de agressão, aliado à esfera estadual e municipal do poder, principalmente nas áreas que mais necessitem; além do acompanhamento social nos colégios  como forma de estímulo à denuncia desses crimes junto com o aumento das punições do descumprimento das leis. Dessa forma, será possível amenizar a situação e construindo uma sociedade mais próspera.