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Enviada em: 18/03/2017

Violência infantil: reflexo da desinformação    Lazer. Educação. Segurança. Direitos básicos necessários para o desenvolvimento do cidadão que, quando negados, tende a acarretar em graves traumas. O que se tem feito inescrupulosamente em termos de violência com vistas o público infantil vem requerendo uma atenção especial por parte da sociedade, levando em consideração aspectos culturais e um ciclo social.    Quando Kant afirma que "o homem é nada além daquilo que a educação faz dele" evidencia que o aprendizado é o principal agente que determina o aceitável dentro das relações sociais. Por acharem costumeiro, pessoas que presenciam o uso da violência como medida corretiva acham natural, desde que não ultrapasse o parâmetro, esse comportamento. Assim, dificulta-se a prevenção e o combate a esses atos nocivos ao público infantil.    Outrossim, destaca-se o fato dos pais serem, na maior parte dos casos, os agressores. Segundo Durkheim, o fato social é uma maneira coletiva de agir e pensar, dotada de exterioridade, coercitividade e generalidade. Seguindo essa linha de pensamento, observa-se que a violência infantil se encaixa na teoria do sociólogo, uma vez que, se uma criança vive em um família com esse comportamento, tende a adotá-lo por conta da convivência em grupo. Dessa forma, há o fortalecimento da visão, passada de geração em geração, na qual a agressão é a melhor alternativa, agravando o problema no Brasil.    Embora afirmem que "Se não apanhar em casa, apanha na rua", o senso comum não leva em consideração diversos estudos que, além de provar que o diálogo e o exemplo são mais eficazes, evidenciam a violência como principal causador de transtornos psicológicos. Desse modo, mostra-se que a principal causa das agressões contra o público infantil é o desconhecimento.      Fica evidente, portanto, que a continuidade da agressão à criança e ao adolescente é fruto do baixo acesso à informação, porque se a população entende a violência como natural, não denuncia. A fim de atenuar o problema, o Governo deve elaborar campanhas de abrangência nacional que engajem o cidadão a denunciar a hostilidade contra o público infantil, ao mesmo tempo que conscientize sobre os aspectos danosos desse tipo de comportamento. À mídia cabe o papel de debater esse assunto em rede nacional, a fim de tirar dúvidas e ratificar as campanhas aplicadas pelo Estado. Dessa maneira, diminuir-se-à, gradativamente, a crueldade exercida a esse público e garante-se uma vida mais digna.