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Enviada em: 15/03/2017

É espantoso, para não dizer trágico, que ainda hoje alguns pais acreditem que bater educa e impõe respeito. Alguns chegam a afirmar que batem para ensinar. E os abusos contra as crianças não para por aí. Muitas são submetidas a violência psicológica e até sexual. Tristemente, a maioria desses (in)responsáveis, quando questionados, afirmam que não se arrependem, que o filho é deles e que, portanto, educam do jeito que acham melhor; causando, dessa maneira, consequências tão graves que podem ser irreversíveis.      Visto que essas agressões ocorrem no momento da vida em que a criança está descobrindo o mundo e se descobrindo e que é nessa fase também que ela começa a discernir o que é certo ou errado que o grande problema está. Afinal, se ela cresce em um ambiente onde a violência é comum, normal, quando esse menor crescer, tem uma forte tendencia a se tornar um adulto agressivo e, dessa forma, perpetuar a cultura da violência. A parte mais triste dessa situação: os agressores são quem deveriam demonstrar amor, carinho e respeito; ao invés de "palmadas educacionais" deveriam ensinar valores e humanidade. A melhor forma de  instruir é servindo de exemplo.      Em uma pesquisa feita pela Fundação das Nações Unidas para a Infância (Unicef), comprova-se que a cada uma hora cinco crianças são violentadas. Infelizmente, essa crueldade muitas vezes não chegam nem a ser denunciadas. Ou seja, a cada uma hora, cinco crianças perdem um pouco da sua infância, da sua inocência, bondade e esperança; a cada uma hora cinco crianças pensam em fugir de casa e dos abusos ou até tomar tomar uma medida mais drástica, como provocar sua morte precocemente. Certamente, uma criança que passa por esses tipos de traumas tem sua vida marcada negativamente e pode ter problemas futuros, por exemplo, dificuldades de aprendizado e na socialização, baixa auto estima e falta de confiança.       Contudo, se forem tomadas as providencias certas e necessárias esse cenário poderá mudar. É preciso que todo e qualquer caso de violência a crianças e adolescentes seja denunciado para que se possa punir devidamente o agressor e impedir, dessa forma, que o menor envolvido continue sofrendo abuso. Faz-se indispensável que os pequenos que já sofreram os ataques tenham acompanhamento psicológico e que a família seja orientada a como lidar com o ocorrido. Mas, o principal, é imprescindível: criança precisa de amor e proteção. Há varias formas de educar, bater não pode ser uma delas. Em hipótese nenhuma. Para esse tipo de caso não há exceção.