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Enviada em: 20/03/2017

A violência contra adolescentes e crianças no Brasil é, atualmente, eminente. Na maioria dos casos, os pais ou familiares são os autores das agressões, que acontecem em grande parte na própria residência da vítima. Isto em concomitância ao despreparo escolar em lidar com este empasse e a falha supervisão das entidades responsáveis gera um grande problema social. O fato de os abusos contra jovens serem predominantemente domésticos dá aos agressores a sensação de que não haverá impunidade, devido à falta de testemunhas e privacidade nos momentos de violência. Além disso, a criança não tem força ou compreensão da situação para defender se, o que torna essencial a fiscalização das autoridades e do Conselho Tutelar na garantia da proteção do menor. Isto remete à teoria da Seleção Natural de Darwin, em que apenas os mais adaptados sobrevivem, sendo função do governo o amparo de seus cidadãos. Outrossim, o ambiente escolar possui não apenas a função da escolaridade, mas também a de zelo pelos seus alunos, como saúde mental e segurança. O conforto gerado pelo estabelecimento pode incentivar os jovens a procurar ajuda de seus professores e coordenadores, além de fazer com que seja percebido comportamentos anormais. Entretanto, a inaptidão de muitas escolas e profissionais em lidar com questões pessoais por parte de seus estudantes torna mais árduo e complicado detectar problemas em suas crianças e saber lida los de maneira viável.  A violência contra crianças e adolescentes, portanto, é uma questão social que deve ser trabalhada. O governo deve amplamente investir na qualificação de educadores e na contratação de psicólogos nas entidades de ensino para acompanhamento frequente de seus estudantes, e o legislativo, por meio do Estatuto da Criança e do Adolescente, deve aumentar a fiscalização em casos de suspeita de violência doméstica contra jovens. Além disso, sindicatos de proteção dos direitos dos jovens devem associar se a mídia na criação de campanhas que incentivem a denúncia por parte de familiares e conhecidos, muitas vezes conscientes dos abusos, porém omissos. Estas medidas comprovariam o pensamento do filósofo Richard Rorty, "Se podemos contar uns com os outros, não precisamos depender de mais nada".