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Enviada em: 18/03/2017

Ao analisar o tema sobre a violência infantil, nota-se a importância em refletir sobre suas causas e consequências, pois afetam diretamente a vida de crianças e adolescentes. Tal fato não é um problema recente, visto que há décadas crianças sofrem maus tratos que acabam interferindo em sua qualidade de vida. Entretanto, deve-se analisar as verdadeiras causas desse mal, com o objetivo de combater a violência e otimizar a segurança desses menores. Historicamente, a violência contra crianças e adolescentes esteve vinculada ao processo educativo. De acordo com dados do UNICEF (Fundo das Nações Unidas para a Infância), 80% das agressões físicas são causadas por parentes próximos. Nesse contexto, pode-se afirmar que essa brutalidade é própria de uma estrutura patriarcal e cultural da sociedade. Com isso, leis como a Lei do Menino Bernardo e órgãos públicos como o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), protegem e dão direitos a essas vítimas. Porém, essas medidas têm se mostrado pouco eficazes, visto que persiste forte índice de violência e morte no país. Paralelamente, é indubitável perceber que tal crueldade inclui não só agressão física, mas psicológica e sexual, que pode afetar o desenvolvimento da criança levando a quadros de incapacidade, dificuldade no aprendizado, baixa autoestima e até ao óbito. Somando-se a isso, as chances de uma criança se tornar um adulto revoltado é proporcional à violência que ela é exposta ainda pequena. Desse modo, torna-se evidente que a violência infantil é grave e exige soluções imediatas. Ao Poder Judiciário, cabe fazer valer as leis já existentes, aumentando a segurança das vítimas e punições mais severas para aqueles que não as cumprem. Além disso, a mídia, por meio de ficções engajadas, deve abordar a questão, instigando por mais denúncias, cumprindo assim seu papel social. Ademais, é preciso que a Secretaria de Saúde em conjunto com a Secretaria de Educação invista em profissionais de saúde, como psicólogos, para participar de palestras nas escolas, instruindo os professores a observar comportamentos suspeitos dos alunos. Outras medidas devem ser tomadas, mas, como disse Oscar Wilde: "O primeiro passo é o mais importante na evolução de um homem ou nação."