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Enviada em: 10/03/2017

À margem de seus direitos   Na obra "Os Miseráveis", do francês Victor Hugo, Cosette, cuja mãe pobre não tem condições financeiras para o sustento, é subjugada pelas mãos de um casal perverso. Os maus tratos descritos no século XIX, em Paris, dizem respeito, também, à situação de cerca de 170 mil crianças e adolescentes brasileiros ainda hoje. A despeito dos direitos a uma vida digna e a uma educação de qualidade, muitos dos futuros adultos não podem usufrui-los.   Voltaire, filósofo renascentista, dizia que o mau educar é assegurar a existência de males na sociedade. Dessa forma, privar o ser infantojuvenil de uma educação satisfatória é, além de crime, cultivar possíveis flagelos sociais, como violência e ausência de qualificação profissional. De certo, a camada pueril deve possuir única e exclusivamente a obrigação de estudar.    Ademais, agressões físicas e psicológicas para com os jovens é a demonstração do caráter primitivo e ignorante do sistema educacional de uma família. Os gregos sabiam, antes do nascimento de Cristo, que correções são mais suscetíveis ao funcionamento por meio do diálogo, em detrimento de atos violentos. Com isso, evita-se episódios como o do Alex, de 8 anos, morto pelo pai à pancadas no estado carioca.    Em suma, faz-se necessário que a educação e a ausência de agressões sejam empreendidas. Para isso, o Governo Federal deve inserir pedagogas e psicólogas, ligadas a ele, em todas as instituições de ensino, a fim de monitorar as crianças e adolescentes mais de perto. Somado a isso, o aumento das penalidades, para os burladores dos direitos estabelecidos por lei, precisa ser viabilizado por meio de multa, prisão e perda da guarda do rebento, concomitantemente. Assim, previnir-se-á que futuras Cosettes existam.