Materiais:
Enviada em: 08/03/2017

Com o decorrer dos anos, a postura do cidadão diante da violência contra crianças e adolescentes foi se alterando. Nas sociedades antigas, por exemplo, esses maus tratos geralmente não era mal vistos pelos indivíduos. Já atualmente, esse cenário é considerado um dos maiores problemas da sociedade, e é necessário encontrar formas de alterá-lo.      O Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) garante a todos os indivíduos destas categorias o direito de viver em um ambiente saudável, tanto no âmbito físico quanto no psicológico. Porém, muitos jovens ainda são submetidos a diversos tipos de agressão, que por vezes deixam sequelas. Isso prejudica não só o indivíduo lesado, que pode desenvolver transtornos psicológicos, sociopatia ou limitações físicas decorrentes das injúrias, como também o Estado, que precisa investir tempo e recursos no tratamento dessas pessoas e na punição dos responsáveis.      O silêncio da criança e do jovem injuriados pode ser considerado um dos principais fatores para que as estatísticas de agressão mantenham-se tão elevadas. Muitas vezes isso ocorre por falta de conhecimento sobre seus direitos, o que acaba levando-os a acreditar que o comportamento do agressor pode ser considerado normal, principalmente se esse for um membro da família. A certeza da impunidade, então, pode levar o ofensor a manter esta postura constante ou a piorá-la, e incentivar outras pessoas a desenvolver um conduta agressiva, piorando, assim, as estatísticas.       O acesso à informação para conhecimento de seus direitos torna-se, então, indispensável às crianças e aos adolescentes. Também é necessário se preocupar com a forma como essa é passada, visto que o público alvo ainda pode ser considerado imaturo. Não obstante, as pessoas precisam saber que haverá punição no caso de maus tratos a qualquer tipo de indivíduo, agravada quando se tratar de menores de idade, e que esse não é mais um comportamento bem visto pelos cidadãos, como acontecia nas sociedades antigas. Precisa-se neutralizar, então, os dois pontos que permitem que o problema perdure até os dias de hoje: a impunidade e a falta de informação.       Portanto, a criação de leis mais severas, bem como a aplicação das devidas penalidades por parte da justiça, são atitudes fundamentais para punir os meliantes, assim como para coibir futuros casos de agressão. Além disso, mostra-se necessária a criação de programas de televisão, revistas ou sites educativos que informem às crianças e aos jovens, preferencialmente de forma lúdica, sobre seus direitos como cidadãos. Com esse conhecimento, eles podem identificar situações abusivas e denunciar a um amigo ou parente não envolvido na questão, que poderá tomar as medidas cabíveis e garantir a segurança e o bem estar dos menores.