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Enviada em: 13/03/2017

Segundo dados da Unisef, a cada hora, cinco casos de violência contra crianças e adolescentes ocorrem no Brasil. São casos como o do menino Alex, espancado e morto pelo pai, o de Isabella Nardone e o de Eloá que ilustram o triste cenário da violência infantil no país. Mesmo com um estatuto especial para os menores de dezoito anos de idade: o Estatuto da criança e do adolescente, previsto pela Constituição, esse tipo de violência apresenta índices chocantes, o que leva a população à questionar a sua eficiência na prática. De acordo com a Secretária de Direitos Humanos, a maior parte dos casos de violência infantil, podendo ser física, psicológica ou sexual, acontecem em residências e que os pais ou pessoas próximas à vítima são os agressores. A violência física, sendo a mais comum, pode ser motivada pela experiência de vida do próprio agressor, por ter crescido em um lar agressivo acredita que só por meio de surras e gritos resolverá o mau comportamento da criança. Em consequência disso, a vítima poderá sofrer problemas psicológicos e se tornar um adulto também agressivo, dando continuidade a esse ciclo de violência. Além disso, o fato da vítima muitas vezes se isolar e calar-se por medo, os vizinhos ou parentes que presenciam algum tipo de violência optam por não denunciar porque tem fixa a ideia de que não se deve interferir na criação do filho alheio, o tráfico de drogas que aliciam menores podendo ser fatal e a falta de acesso a ajuda para mães com problemas psicológicos como a depressão pós parto, que futuramente pode fazer com que essa mãe seja uma agressora e até assassina são fatores que fazem  o combate a violência infantil quase ineficaz. Portanto, a violência infantil, hoje, apresenta índices alarmantes no país e medidas são necessárias para que ocorra o fim de casos como o do menino Alex. Deve-se conscientizar a população sobre os direitos e deveres presentes no Estatuto da criança e do adolescente. A escola deve ser preparada para observar e detectar se há crianças sofrendo algum tipo de agressão, caso detectado deverá ser averiguado e se confirmado é preciso haver apoio a vítima e os culpados devem ser punidos devidamente. Deve haver um órgão que ofereça tratamento aos pais agressores e a qualquer indivíduo que também o necessite.  Menores infratores deverão ser reeducados para que não voltem a sociedade difundindo a violência. Tudo isso é muito importante, juntamente com fiscalização e denúncias, assim poderemos garantir o melhor para as crianças e adolescentes que são a base para o futuro.