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Enviada em: 20/03/2017

O que deveria ser um ambiente de afeto, amor e segurança, alguns lares brasileiros tem se tornado um martírio para milhares de crianças e adolescentes que sofrem com algum tipo de violência. Importante salientar que é na infância que se tem a construção do caráter, pensamentos, ideias, sentimentos e atitudes que serão influenciados pela agressão que são acometidas modificando assim a postura como adultos. Apesar de serem amparadas pelo Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), é preciso trabalhar com os familiares e a sociedade cível para que as crianças e adolescentes tenham seus direitos garantidos.      A violência infantil não é só aquela praticada por meio da agressão física, ela pode ser psicológica, sexual, de abandono e outras que de alguma lesiona os seus direitos à vida, liberdade, saúde, educação, respeito e entre diversos outros direitos contidos no ECA. O mais assustador é que de acordo com dados da SDH (Secretaria de Direitos Humanos) cerca de 70% dos casos de violência ocorrem nas residências, em que os pais são os principais suspeitos. É preciso que haja um trabalho efetivo e intenso com os pais e a educação é um dos pilares de qualquer sociedade moderna, e nenhum país consegue crescer e se desenvolver, e ter uma sociedade justa e fraterna se ainda possuir em seu núcleo familiar comportamentos tão degradantes.      E, quando a violência não é fatal para a criança ou adolescente, marcas ficarão registradas na vida delas, podendo ocasionar dificuldades no aprendizado e na socialização, comportamentos agressivos, baixa autoestima, entre outros impactos negativos. A criança que esta em formação moldando a sua personalidade vê-se perdida sem o apoio que esperava dos pais, comprometendo de forma considerável a sua formação psicossocial o que pode resultar em futuros pais agressores.       Portanto, é preciso um trabalho em conjunto do Estado com a sociedade cívil para o combate a violência infantil. Estimular as denúncias pelo disque 100, melhorar a fiscalização e a investigação desses casos e oferecer suporte adequado por meio da construção de lares para as vítimas receberam atendimento médico e psicológico. A sociedade tem que cobrar do Estado atitudes mais severa com pais relapsos e desocupados e participar afetivamente e efetivamente de associações e entidades que trabalham com a criança e o adolescente, amparando e apoiando esses jovens naquilo que eles mais precisam que é o respeito e a busca pela própria dignidade, que foi perdida e algumas vezes destruída pelos pais através de um comportamento totalmente desestruturado.