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Enviada em: 16/03/2017

A violência infantil ainda é um dos principais problemas que afetam o Brasil. Com dados alarmantes de uma média de 129 casos de violência contra crianças e adolescentes por dia, segundo a Fundação das Nações Unidas para a Infância (Unicef), a violência física, a negligência e a violência sexual são os casos mais recorrentes. A maior parte das violações são cometidas no meio intrafamiliar, pelos pais, em suas próprias casas.      O cenário da violência infantil pode ser ainda muito pior, uma vez que muitos casos não são denunciados e consequentemente não entram nas estatísticas. Isso impede uma noção real do tema e dificulta soluções mais efetivas para garantia dos direitos das crianças e adolescentes. Além disso, os diversos tipos de violência infantil como o abandono, violência física, psicológica e sexual, resultam em traumas que afligem demasiadamente as crianças e adolescentes atingidos e muitas vezes não há alguém que perceba os sinais da violência e isso as abstém de um suporte familiar ou do Estado.      Frequentemente, a violência infantil, principalmente intrafamiliar, acaba se tornando um ciclo difícil de quebrar por ser intrínseco àquele meio. A forma banal com que os tipos de violência física e psicológica são tratadas no Brasil e a falta de preparo dos profissionais que lidam com as crianças e adolescentes em reconhecer as formas de violência também dificulta denúncias e consequentemente a garantia de direitos.       É importante que os pais e profissionais como médicos, psicólogos e professores se atentem a sinais de violência e tenham conhecimento amplo dos direitos das crianças e adolescentes e, sendo assim, realizem denúncias para que haja punição aos agressores e esses casos sejam tratados com mais atenção, havendo uma quebra no clico da violência e uma mudança na cultura da violência infantil, principalmente doméstica.