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Enviada em: 15/03/2017

A violência infantil possui índices alarmantes e cada vez mais crescentes. De acordo com pesquisas feitas pela Unicef, aproximadamente 129 denúncias referentes à violência física e psicológica são reportadas por dia. Sendo que os principais agressores são aqueles que deveriam, por natureza, prover a segurança e cuidados da criança/adolescente, os próprios pais.   As crianças, principalmente, devido a falta de capacidade de compreender a situação com clareza e a necessidade de dependência para moradia e alimentação, tornam-se os alvos mais comuns. São inúmeras as notícias desse tipo de ato covarde-Isabella Nardoni, morta cruelmente pelo pai e pela madrasta, constitui um dos vários exemplos de violência infantil que foram expostos pela mídia- que, apesar de causar grande impacto e ser um meio de pressão popular, permanece presente em pleno século XXI.   Assim, uma fase importante para a formação de personalidade e identidade do indivíduo em que deveria ser repleta de novos aprendizados, torna-se privada dos direitos mais básicos de qualquer pessoa. Ademais, agressores tendo conhecimento da grande impunidade vigente no país, possuem abertura até para normalizar a violência tomando como argumento frases do tipo " é só um tapinha para aprender" ou pior " essa criança precisa é de uma surra para saber como se comportar". Dessa maneira, cria-se um círculo vicioso cuja hostilidade possui uma "justificativa", colaborando para a gravidade do problema.    Por conseguinte, para mitigar a situação são necessárias medidas que resultem em efeitos à longo prazo, penas mais duras e uma maior fiscalização em relação às leis que protegem e asseguram o estatuto da criança e do adolescente, por exemplo. Além disso, palestras e propagandas que visem discutir o assunto de forma objetiva são importantes para uma solução eficiente da questão que, infelizmente, se mostra enraizada em nossa cultura.