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Enviada em: 16/04/2017

A humanidade evoluiu a passos curtos nos direitos civis, possibilitando, com o tempo, oportunidades antes impensáveis. No entanto, ainda ocorrem absurdos que passam de formas imperceptíveis ou mesmo ignoradas. Dentre eles, um dos mais alarmantes é a permanência do elevado índice de violên-cia infantil, fazendo-se, assim, necessária uma discussão mais analítica sobre o assunto, haja vista que tem como causas tanto o desconhecimento dos variados efeitos nocivos à saúde da criança quanto às dificuldades de denuncia e de fiscalização desse tipo de crime.     Cabe considerar, então, que um dos pontos mais relevantes para a questão é a falta de informação, sobre tudo dos pais, a respeito das consequências física e psíquica nas crianças e adolescentes, tendo em vista que grande parte dessa violência acontece dentro da própria casa do jovem - cerca de 70% dos casos, de acordo com a Secretaria dos Direitos Humanos. As consequências vão muito além do medo constante a qual essas crianças são submetidas ou o rancor que elas criam da família, mas vão de encontro com a saúde como um todo. A Associação de Pediatria dos Estados Unidos afirma que  violência infantil aumenta em vezes problemas como hipertensão, depressão, vários tipos de câncer e insanidade, que , muitas vezes, ficam camuflados - por conta de uma mídia mal instruída - em outras questões como bebida ou drogas, mas que, em verdade, culminaram de traumas antigos.     Ademais, vale também ressaltar como fator para a manutenção desse crime a deficiência das instituições sociais com a apuração de denúncias e mesmo com fiscalização. Para se ter noção, somente os casos denunciados contam com 129 diariamente, o que realmente é assustador, pois boa parte desse tipo violência fica encoberto por trás de ameaças e medo de falha por parte da justiça. Que criança conseguiria denunciar se o agressor mora na mesma casa, obrigando-a a aguentar calada? Desse modo, o governo peca, enormemente, quando não fornece uma polícia específica para lidar apenas com esse problema; quando as escolas não são capacitadas com um processo pedagógico para a identificação de agressões domesticas; ou quando não intensifica a publicidade contra isso.     Portanto, combater esse crime é zelar por cidadãos sãos, fisica e psicologicamente, sendo algo de suma importância. Para isso, a polícia tem de criar um programa de fiscalização rotineira em internatos, hospitais ou casas que, por exemplo, já houve não apenas denúncias de agressão infantil, mas contra mulher e idosos, ou que tenham pais alcoólatras ou ex-presidiários. Os responsáveis devem estar em constante atenção nos seus filhos, conversando e verificando qualquer indício de agressão ou mudança de comportamento. Além disso, as escolas podem promover eventuais análises com psicólogos aos alunos sobre o tema. Somente, a infância e o direito ao crescimento saudável serão resguardados.