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Enviada em: 02/07/2017

Em 1990, no Brasil, surgia o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) a fim de internalizar normativas internacionais. Entretanto, 27 anos após sua criação, grande parte da população ainda desconhece seu conteúdo e a violência infanto-juvenil continua tão expressiva quanto antes. Fato esse, que prejudica não só o indivíduo mas toda a sociedade.    Primeiramente, deve-se considerar as consequências que os abusos podem acarretar. Quando em ameaça, o cérebro humano desencadeia respostas de luta ou fuga, como a liberação de hormônios, aumento da pressão e dos batimentos. Segundo o Centro de Controle de Doenças, ao ser constantemente ativado, como no caso de opressões periódicas, esse processo fisiológico se torna patológico, prejudicando o desenvolvimento de sistemas e agravando riscos de doenças na vida adulta - danando ainda mais o sistema de saúde. Porém, apesar da constatação científica, pouquíssimas medidas são tomadas para reverter esse quadro.    Esse aspecto se dá, em parte, pela própria ignorância dos envolvidos. Sabe-se que, com a globalização, os pais têm passado menos tempo com os filhos, o que estagnou a comunicação familiar e dificulta a identificação do abuso. Além disso, a assiduidade das agressões e o desentendimento de "certo e errado" faz com que a pessoa em desenvolvimento assimile isso como normal e comum. Dessa forma, não busca ajuda e permite que o ato persista.     Fica claro, portanto, que a violência contra crianças e adolescentes gera despesas que pesam no moral de todos. Para resolver esse problema, é preciso que a mídia, como influenciadora, promova a conscientização através de desenhos infantis e debates em horário nobre. O Ministério do Desenvolvimento Social, em parceria com ONGs, também podem ajudar na melhoria do sistema de identificação e no tratamento dos acometidos, através de atividades psicoterapêuticas como teatro e esportes. Assim, garantindo a saúde física e psicológica nessa fase da vida, é possível esperar gerações que respeite o ECA e que mude essa realidade.