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Enviada em: 17/07/2017

Na obra "Entre quatro paredes",do filósofo Jean Paul Sartre, o protagonista Garin declara: "O inferno está nos outros". Desse modo, destaca sua insatisfação de vivor socialmente, visto a multiplicidade de comportamentos humanos - sobretudo aqueles que exaltam violências. Esse sentido de inconformidade pode ser, coerentemente, aplicado ao Brasil atual, visto o grande número de violência infantil que vigora. Isso deve ser enfrentado, uma vez que resulta em sequelas físicas e psicológicas nas vítimas. Assim sendo, aspectos sociais e morais devem ser analisados, visando propor soluções para a problemática.     É importante pontuar, de início, que o exorbitante número de casos de violência doméstica contra crianças e adolescentes está quase indissociavelmente atrelado a métodos retrógrados de correção disciplinar utilizados pelos pais. Nesse sentido, em detrimento de propor diálogos e métodos educativos para corrigi-los, muitos pais se valem da violência física e psicológica. Todavia, atitudes como essas resultam em consequências como medo e insegurança que, não raro, afetam o desenvolvimento adequado de crianças e jovens.    Ademais, também dão subterfúgios ao quadro vigente baixos índices de denúncia por parte da população. Segundo o filósofo Jean Paul Sartre, a violência, seja qual for a maneira a qual ela se manifeste, é sempre uma derrota, e, além da física, muitos são os casos de violências sexual e psicológica. Sendo assim, em decorrência da falta de denúncias e da baixa capacidade de defesa da criança, muitos criminosos ficam impunes e, como consequência, o número de estupros e violência simbólica cresce cada vez mais. Isso torna notório que, embora os direitos infanto-juvenis, como a proteção e a segurança, sejam respaldados pela lei, muitas vez, não são colocados em prática.      Fica claro, portanto, a urgência em combater quaisquer tipos de violência veiculados às crianças e adolescentes. Para isso, cabe à escola, orientada pelo ministério da educação, promover palestras ministradas por psicólogos, pedagogos e sociólogos, para que seja debatido com os pais dos alunos métodos educativos e corretivos , sem ferir a integridade física e psicológica de seus filhos. Ademais, a mídia, por meio de séries, filmes e ficções engajadas deve veicular à população campanhas de incentivo à denúncia de casos que envolvam violência infantil, visando punir violentadores e coibir fututos crimes. Por fim, ONGs devem promover debates em meios físicos ( praças públicas) e virtuais ( redes sociais), além de acolher vítimas afetadas por essa dinâmica. Assim sendo, o fim da violência contra essa faixa etária deixará de ser uma utopia para o Brasil.