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Enviada em: 11/08/2017

Com o início do processo de colonização do Brasil e a chegada dos padres jesuítas, a “Palmada” era uma forma sistemática de educar. Nesse sentido, percebe-se que essa prática dos pais contras as crianças corroboram de uma herança herdada dos colonizadores portugueses e que está enraizada culturalmente na sociedade brasileira.       Em primeiro lugar, é sabido que a violência contra crianças e jovens permeia no Brasil desde a colonização dos nativos portugueses e da introdução do catolicismo na cultura do país. No entanto, a forma sistemática de educar oriunda nesse processo ainda é vigente na sociedade contemporânea, e mesmo com o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), os números de denuncias do Disk 100 da Secretaria dos Direitos Humanos são alarmantes. De acordo com a secretaria, um terço das denúncias correspondem a situações de violência física intrafamíliar.     Outrossim, as agressões deferidas contras esses indivíduos, podem deixar marcas e sequelas para uma vida e serem reproduzidas em seu comportamento promovendo transtornos de ordem social, afetiva e emocional. O caso do menino Bernardo, assassinado em 2014, deixa evidente o quão grande são as consequências que esses indivíduos podem sofrer. Devido a isso, no mesmo ano foi sancionada a Lei da Palmada, a fim de findar com essas vicissitudes e coibir os protagonistas que cometem esses atos.       Romper barreiras e quebrar paradigmas são elementos essenciais para tolher o uso da violência física como forma de educar. Portanto, o Ministério da Educação junto com os órgãos de ensino e ONG’S devem disponibilizar para os pais debates e palestras com temáticas sobre educação doméstica e social. Principalmente, para famílias em situações de vulnerabilidade socioeconômica. Ademais, o Governo Federal, deve criar o Ministério da Criança e do Adolescente e ampliar os conselhos tutelares vigente no país, para que os casos sejam resolvidos no âmbito federal e em curto prazo.