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Enviada em: 05/10/2017

No livro Harry Potter e a pedra filosofal, Harry um menino órfão de dez anos vive com os tios, ele sofre diariamente violência verbal e é obrigado a realizar atividades domésticas em sua casa. Fora dos livros, essa é a realidade de muitas crianças no Brasil. Confundida como uma forma de educar as crianças e adolescentes, a violência infantil é praticada "disfarçada" de instrução e disciplina, podendo causar danos a qualidade de vida dessas crianças e o aumento nas chances de morte precoce.     Então, com o grande número de doenças relacionadas a violência infantil, já se estuda colocá-la como problema de saúde pública. Pessoas que tiveram grandes traumas na infância, não só possuem mais chances de desenvolver problemas cardíacos, ter danos a estrutura e funções do cérebro, inclusive afetando a maneira como o seu DNA é replicado, como também esses indivíduos ficam mais propensos a se tornarem adultos alcoólatras e viciados em drogas, por conta dessas adversidades aos quais foram expostos.       Contudo, bater nos filhos como forma de castigo ainda é uma prática comum atualmente. Seja pela ignorância dos pais ou a falta de denúncia, sendo que apenas 30% dos casos de violência contra crianças e adolescentes ocorrem fora de residências, casos assim são cada vez mais difíceis de serem contabilizados.     Portanto, medidas são necessárias para resolver o impasse. O Conselho Tutelar, juntamente com o Ministério da Saúde (MS), devem investir em tratamentos para crianças e adolescentes, com o apoio de psicólogos e assistentes sociais, para o acompanhamento familiar, possibilitando a redução dos índices de violência infantil, redução dos casos de doenças associadas e mantendo assegurados os direitos fundamentais das crianças e adolescentes promulgado na Constituição Federal de 1988. Sendo indispensável, também, a realização periódica de palestras com sociólogos e pediatras para o cuidado em relação a reeducação dos pais, sobre os castigos físicos nos filhos.