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Enviada em: 30/04/2018

O câncer do futebol brasileiro.       Torcedores do Flamengo e Fluminense se confrontam após vitória do “mengão”. Confusão generalizada na final de São Paulo e Palmeiras no Morumbi. Ataque ao ônibus do Corinthians na chegada para o clássico com o Grêmio. As manchetes de notícias que invadiram os canais de comunicação evidenciam que o câncer da violência está em metástase no futebol brasileiro e tem como causas principais a impunidade aos atos hostis somado ao sentimentalismo histórico dos times, fomentado pela mídia.       Já se passou a hora dos fortes comandos protetivos previstos no Estatuto do Torcedor deixarem de ser belas mensagens filosóficas e passarem a ter eficácia prática. Não há mais como se admitir que existam regras jurídicas vigentes e que estas sejam desconsideradas, semanalmente, sem que nenhuma sanção exemplar seja implementada. A impunidade aos atos violentos nos estados só corrobora para a manutenção desta triste realidade e acaba por transformar o que deveria ser um evento de entretenimento em violência e selvageria.       Outro fator preponderante nesta temática, que também permite a permanência do ódio nos ambientes esportivos, é o histórico sentimentalismo construído, ao longo dos anos, pelos times de futebol no Brasil. O fanatismo, fomentado pela mídia em seus diversos canais, acaba por gerar extremismo nos torcedores que veem, no que deveria ser somente uma partida de futebol, em uma barbárie que se assemelha, muitas vezes, aos jogos entre gladiadores da Idade Média.        Nesse ínterim, portanto, é notória a necessidade de ações pertinentes para diminuir os casos de violência nos estados. Nesse sentido, cabe ao estado, por meio do poder Judiciário e da defesa civil, garantir a plena execução do Estatuto do Torcedor, reprimindo atos violentos e punindo devidamente os que estiverem contra às leis. A mídia, por sua vez, tem o papel de conscientizar e promover, por meio de propagandas, a educação esportiva a sociedade. Sob tal perspectiva, poder-se-á eliminar o câncer do esporte brasileiro garantir o direito à segurança, à comodidade e ao lazer.