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Enviada em: 03/05/2018

A política do pão e circo, em Roma, tinha como princípio não só o entretenimento, mas também a finalidade de esquecer as mazelas individuais por alguns instantes. Atualmente, o futebol pode ser equiparado a esse momento histórico, afinal muitos indivíduos usam o futebol como fuga da realidade. Entretanto, a diferença é que uma parcela da torcida usa o descontentamento com os problemas do meio social para expressar seu sentimento de frustração através da violência nos estádios de futebol. Nesse sentindo, observa-se que para manter o brilho do futebol é preciso que o Governo busque medidas para combater esse problema.       Em primeiro lugar, evidencia-se que a problemática maior é a transferência dos problemas sociais para a euforia do futebol. Dessa maneira, o indivíduo, entre a exaltação dos grupos de torcedores, encontra através da violência uma forma de expressar suas frustrações pessoais. Esse fato é comprovado ao analisar a infografia do Gazeta do Povo, na qual demonstra que 71 por cento dos torcedores violentos estão desempregados e não terminaram o ensino médio. Logo, fica visível que para combater esse problema a assistência social a sociedade marginalizada é indispensável.        Outrossim, é indubitável que a dificuldade de resolver essa realidade está atrelado a um problema constitucional que vem sendo transmitido de inúmeras gerações, podendo ser descrita pela frase do ex-presidente Washington Luís: "o problema social é caso de polícia". Contudo, esse pensamento é irracional tanto quanto falso, afinal a violência nos estádios de futebol esta interligada a uma péssima disponibilização dos direitos coletivos, por exemplo a escola. Segundo Emanuel Kant, um dos maiores filósofos, "o homem é o espelho de sua educação". Logo, fica evidente a importância desse aparato para transmutar essa realidade.     Portanto, medidas devem ser tomadas para combater a violência nos estádios de futebol. O Ministério da Educação precisa, por meio da sociologia e da educação física, instituir programas dinâmicos que trabalhe simultaneamente não só de forma teórica as relações humanas, mas também de forma pratica por meio dos esportes coletivos, buscando, dessa forma, futuramente ter adultos tolerantes tanto quanto racionais. Ademais, o governo precisa aumentar por meio da assistência social a ajuda a camada mais marginalizada. Somente assim, o futebol conseguirá demonstrar seu brilho sem gotas de sangue.