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Enviada em: 13/07/2018

Compreendido como um esporte agregador, capaz de unir, em campo e em arquibancadas, classes sociais, cor e credo diferentes, o futebol é uma atividade prestigiada por diversos países do globo. Tido, no Brasil, como uma paixão nacional, essa prática desportiva faz parte da cultura do país e promove uma mistura de sentimentos aos indivíduos, que desde a infância, vibram e choram pelos seus times. Contudo, nos últimos anos, o que era para ser um tempo de lazer aos brasileiros que gostam de ir aos estádios reverenciar os seus clubes, transformou-se em um momento de insegurança, tomado por uma extrema violência, praticada por vândalos, disfarçados de torcedores. Assim, por ferir o direito de ir e vir dos reais admiradores , o governo nacional deve investir em medidas que solucionem esse quadro.   Em dezembro de 2017, a torcida de futebol do Flamengo teve o seu nome associado a um trágico acontecimento, marcado por vandalismo e agressões, que deixou inúmeros feridos. O Maracanã, maior estádio do Brasil, que recebeu, neste dia, o time argentino, Independiente, para disputar com o Flamengo a final da Copa Sul-Americana, foi invadido por "torcedores" sem ingressos, que atravessaram a barreira policial e instituíram caos e desordem na arena. Esse e tantos outros fatos de violência no futebol, além de serem reflexos de uma sociedade violenta, ocorrem devido ao despreparo de certos membros da corporação policial diante de uma rebelião em campo, não cumprindo com os seus papeis de proteger patrimônios e de garantir segurança àqueles que foram torcer.     Ademais, outro fator que contribui à perpetuação da violência nos estádios é o elevado preço dos ingressos, que impossibilita indivíduos de baixa renda a acessarem aos jogos e facilita a ação dos bandidos, de convencer alguns dos prejudicados a participarem das invasões, o que propicia volume ao movimento e, por conseguinte, torna a intenção dos criminosos, de cometer ilícitos, viável. Todavia, segundo o jornal Gazeta do povo: 5% dos componentes das torcidas organizadas são vândalos. Dessa forma, aplicar repressão e pena indiscriminadas colabora para o aumento da tensão entre torcedores e integrantes dos órgãos estaduais e não soluciona o problema, já que o criminoso, geralmente, permanece sem punição adequada ao seu tipo de delito e, por isso, continua realizando os crimes.    Em vista disso, cabe aos órgãos competentes brasileiros cumprirem com o seu Código Penal, o qual declara que penalização pelo crime tem de ser ao criminoso. Destarte, ao sinal de desavenças, o jogo deve ser adiado, impedindo, assim, que a confusão se expanda. Além disso, mediante as várias câmeras existentes no campo e nos arredores, a milícia tem de analisar os vídeos, reconhecer os vândalos e autuá-los, dando possibilidade ao judiciário de aplicar uma punição que impeça criminosos de irem a quaisquer estádio e jogo, tornando o cadastramento biométrico em arenas necessário.