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Enviada em: 23/08/2018

Na época de Roma, foi instaurada uma cultura de violência com a inauguração do Coliseu para eventos bárbaros em prol de uma satisfação do público. Contudo, atualmente a violência perpetua com uma nova cara. A agressividade mudou de local, do centro onde servia de distração para a arquibancadas lugar que as pessoas ficam para vê uma nova forma de entretenimento, o futebol. Segundo o sociólogo Maurício Murad, o Brasil é o país em que mais morrem indivíduos em função das brigas de estádios. Diante disso, fica claro que i ser humano vem tornando-se cada vez mais intolerantes e competitivos.        Em primeiro lugar, o aumento do número desta barbaridade é colaborado pela mídia. Ela impulsiona a valorização do sentimento aos times e, pode até mesmo ajudar a converter a paixão pelo futebol em um verdadeiro estilo de vida. Neste sentido, os torcedores adotam erroneamente a metáfora conceitual "Futebol é guerra" e encaram as partidas como um debate. Assim, cria-se um nacionalismo imperativo, ou seja, vê-se o time e a torcida adversária como inimigos. Com isso, as torcidas usam a agressão para representar um tipo de defesa e supremacia de um time sobre o outro.           Ademais, a impunidade dessas ações hostis favorece o contínuo desrespeito àquelas que vão apenas para apreciar as partidas e, até mesmo, inverte a visão do esporte como método de inclusão social, defendida pelos próprios clubes. Exemplo disso é o Brasil liderar o ranking entre os países que contém mais mortes em estádios de futebol, o que comprova que a segurança nesses lugares é ineficaz, visto que, muitas vezes os agressores não são identificados ou recebem leves advertências, enquanto que para as vítimas que sofrem violência física ou moral, os danos podem ser irreversíveis.            É imprescindível, portanto, a mudança na conduta daquelas que usam a ferocidade para se imporem diante de outros times. Para isso, o Brasil poderia se basear em países com referência em segurança nos estádios, como a Inglaterra; que sofreu ataques segregacionistas e repressivos de grupos chamados "Hooligans" e, para combate-los, fez o cadastramento de torcedores, o uso de reforço policial e expulsão temporária aos que desviarem da pacificidade entre os jogos. Por outro lado, a mídia e os clubes podem promover campanhas de conscientização ao público, a fim de que o reflexo arcaico da Idade Média se converta em um coletivismo ético e que auxilie a integração social do esporte.