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Enviada em: 27/08/2018

Durante o processo de formação do Estado brasileiro, do século XVI ao XXI, o futebol foi definido como símbolo da cultura nacional. É preciso reconhecer porém, a existência de impasses intrínsecos no atual cenário, que não promove uma real democratização nos estádios do país. Diante dessa perspectiva, observa-se o acentuamento da violência cometida por uma parcela minoritária, mas que desencadeia desafios, seja pela lenta mudança da mentalidade social, seja pela insuficiência de leis.  Sabe-se que a perpetuação de atos vandálicos e violentos, ocasionam o crescimento das taxas de impunidade e mortalidade no Brasil. De acordo, com o filósofo francês Durkheim, o fato social é uma maneira coletiva de agir e pensar, e o homem mais do que formador da sociedade, é um produto dela. Seguindo essa linha de pensamento, percebe-se que ações intolerantes geram o fortalecimento de impulsos hostis através das gerações. Como consequência, há dificuldade do acesso ao lazer e à segurança para os cidadãos, afirmada pela CF de 1988.  Convém ainda ressaltar, que o Brasil é campeão em mortes ligadas ao futebol. Sobre essa ótica, ganha particular relevância a lei newtoniana, a qual afirma que um corpo em repouso tende em permanecer em seu estado natural, a não que uma força atue sobre ele. Dessa forma, nota-se que se não há forças governamentais que promovam respectivamente campanhas sobre tolerância nas torcidas e fiscalização nos estádios, a agressividade tende a permanecer.   Entende-se, portanto, que a brutalidade entre torcedores contrários é fruto da permanência de pensamentos intolerantes e da inexistência de políticas que impeçam tal situação. Sendo assim, cabe ao Governo em parceria com redes de televisão abertas, criar campanhas e ficções engajadas, buscando atingir grande parcela da população brasileira, afim de promover respeito nos jogos. Além disso, o poder governamental deve proporcionar maior segurança nos estádios de futebol, afim de que pessoas fiscalizem as partidas, com o intuito de promover  responsabilidade e democracia.