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Enviada em: 27/08/2018

É de conhecimento geral que o governo de Getúlio Vargas, 1930 à 1945, foi um período marcante na história do futebol, visto que a popularização desse esporte atingiu, em peso, a sociedade brasileira como tática de alienação de massas. No entanto, a paixão pelo futebol, que permanece até os dias de hoje, tem sido um entrave na segurança pública, pois a rivalidade exacerbada entre torcedores é determinante na violência, física e verbal, que ocorre nos estádios, logo medidas drásticas urgem na melhora do cenário.      Em primeira análise, deve-se salientar que no governo de Vargas a mídia teve papel fundamental na alienação de massas, pois a idolatria pelo futebol era amplamente difundida nos meios de comunicação. Nesse contexto, na atualidade a situação não é diferente, visto que a extrema rivalidade entre times, principalmente estaduais, é impulsionada pela mídia televisiva que estimula o torcedor com propagandas e jogos transmitidos ao vivo. Sendo assim, o cidadão é praticamente obrigado à adentar na ''cultura do futebol'' e vestir a camisa de algum time, caso contrário ele é excluído socialmente.      Além disso, vale pontuar que a mentalidade machista é notória no país e a violência nos estádios é massivamente realizada por homens que utilizam o futebol para impor a sua masculinidade mediante agressões físicas e verbais. Sendo assim, já afirmava o pensador Sartre que a violência, de qualquer maneira que se manifeste é sempre uma derrota. Sob essa ótica, a derrota é plenamente vista nos gastos públicos como vandalismos, relacionados ao futebol. Exemplo disso, são os quase 900 mil reais gastos, entre 2010 à 2013, relacionados à isso, de acordo com o Gazeta do Povo.      Diante dos fatos supracitados espera-se a consonância entre Estado e o Ministério da Justiça, tendo em vista o subsídio de melhorias nos mecanismos de punição à esses torcedores, como a proibição do direito de entrar nos estádios, os que já estiveram envolvidos em agressões nesse âmbito, no intuito de reduzir a reincidência. Ademais, é preciso que a mídia, invista em campanhas de conscientização sobre o primitivismo do machismo em pleno século XXI como responsável na violência nos estádios.