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Enviada em: 15/10/2018

Desde a Idade Média, os atos de violência eram associados a manifestações de imposição e poder. Diante deste cenário, os jogos entre gladiadores no Coliseu, em Roma, faziam com que o público se afeiçoasse à brutalidade. No entanto, após séculos de avanço e proteção aos direitos humanos, alguns indivíduos ainda refletem esses traços no esporte, como fazem muitos torcedores brasileiros em relação a violência nos estádios.   Em primeiro lugar, cabe destacar que, a mídia contribui para a valorização exacerbada do sentimentalismo aos times podendo, até mesmo, ajudar a converter a paixão pelo futebol em um verdadeiro estilo de vida. Nesse sentido, os torcedores adotam, erroneamente, a ideia de que a torcida adversária são inimigos, usando a agressão física para representar um tipo de defesa e supremacia de um time sobre o outro. Prova disso, foi o incidente em Recife, Pernambuco, em que um torcedor morreu depois de ser atingido por um vaso sanitário em uma briga, no estádio de Santa Cruz.  Ademais, a impunidade dessas ações hostis favorece o contínuo desrespeito àqueles que vão aos estádios para lazer e impossibilita que o esporte seja uma ferramenta de inclusão social. Exemplo disso, é que o Brasil lidera o ranking entre os países que contém mais mortes em estádios de futebol, o que comprova a falta de segurança desses lugares e as punições ineficazes, visto que, muitas vezes, os agressores não são identificados ou recebem leves advertências, enquanto que para as vítimas as consequências podem ser irreversíveis.    Portanto, medidas são necessárias para resolver a problemática. Para isso, o governo, juntamente com os clubes, podem se basear em países com referência em segurança nos estádios, como a Inglaterra, fazendo o cadastramento de torcedores, reforço policial e expulsão dos que não seguirem as regras. Além disso, a mídia deve promover campanhas de conscientização ao público, para que  reflexo arcaico da Idade Média se converta em coletivismo e que o esporte continue auxiliando na integração social.